As Memórias da glamorosa Estação da Luz!

Foi projetada pelo Barão de Mauá, para suceder a primeira estação a qual datava o ano de 1867, Foi edificada em abril entre os anos de 1895 e 1901. Idealizada na estética Vitoriana, a estação foi construída sob a supervisão do engenheiro James Ford, com matéria prima vinda da Inglaterra. Seu propósito era abrigar a nova Companhia São Paulo Airway. Abriu as portas ao público no dia 1º de março de 1901, A construção do imponente prédio demorou cerca de seis anos para ficar pronta. Sua inauguração chegou para embelezar todo bairro do Bom Retiro e região. A estação da Luz tornou-se um ponto turístico da pequena Capital Paulista. Ali era comum toda elite paulistana se encontrar para passear na estação e fotografar os vitrais ingleses, Era comum os casais chamarem um fotografo apelidado de “lambe-lambe” para eternizar sua visita à estação. Em uma manhã de primavera o imigrante cearense Fernando Vieira dos Santos, recém-chegado foi conhecer a glamorosa estação. Ficou encantado com a beleza da estação, não parava de olhar para a cobertura do prédio, nunca tinha visto tanta gente junta. Ele falou que naquela estação tinha mais gente do que em toda sua cidade.
Ele era funcionário do famoso restaurante grego Acrópole que ficava localizado Rua da Graça. Em sua folga não tinha lugar melhor para passar o dia. Foi nestas idas e vindas à estação que ele conheceu a jovem Gigliola Venturele Muciel. Ela era uma linda moça descendente de italiano com poloneses. Eles se conheceram em um café dentro da estação, os olhares deles se cruzaram, era uma manhã de domingo que eles se conheceram. Ele estava contemplando os belíssimos vitrais, Ela se aproximou dele e falou: são lindos, são uma verdadeira obra de arte não é mesmo?
-Sim. Ele olhou para ela, Suas pernas tremeram.
- Você também é muito linda. Venho aqui todos os dias, nunca tinha visto uma moça tão linda como você!
-Eu também venho sempre aqui. Não havia encontrado um rapaz tão gentil assim!
Foi um amor à primeira vista avassalador, uma paixão fulminante. No mesmo instante um convite para conhecer toda a estação foi feito, prontamente aceito. Foram passear pela glamorosa estação e nunca mais se separaram. Um ano depois estavam casados. Após visitarem toda a Estação da Luz foram ao Parque da Luz. Sentaram-se em um banco, ficaram horas conversando e trocando juras de amor.
O casamento foi celebrado no tradicional Mosteiro da Luz, com direito a muitas fotos tendo como cenário a estação da Luz, e Jardim da Luz. Passaram a lua de mel na bucólica Vila dos Ingresse, em Paraná Piacaba. Fizeram uma luxuosa viagem de trem.
Na volta já tinham um fotografo esperando para fazer mais fotos na glamorosa estação. Foram morar na Rua da Graça no Bom Retiro. Foram 50 anos de uma união feliz, recheada de amor e cumplicidade. Depois de 50 anos, um acidente fatal os separou, mais até hoje o Fernando vai à estação todos os domingos com uma rosa vermelha para seu eterno amor. Sempre visita os mesmos lugares da estação, vai ao Parque da Luz e senta-se no mesmo banco. Quando vai embora deixa a rosa vermelha para sua amada Gigliola!
O amor do casal só não foi maior do que a irresponsabilidade dos nossos governantes;
Como todo patrimônio publico no Brasil, a Estação da Luz que já foi cenário de vários amores, de várias idas e vindas está renegada, deixada ao “deus dará”. Esse mesmo patrimônio já foi parcialmente destruído por dois grandes incêndios. O primeiro no dia 06 de novembro de 1946 e o segundo na tarde de 21 de dezembro de 2015.
Era uma segunda-feira, quando aconteceu pela segunda vez essa tragédia. Esse incêndio acabou destruindo o Museu da Língua Portuguesa. Um patrimônio de valor incalculável, só DEUS sabe quando vai ser recuperado, se é que vai ser recuperado um dia.
Nossa grandiosa estação só não é maior do que a irresponsabilidade do ex-governador Geraldo Alckimin. Ainda bem que levou o troco agora nas urnas.com uma votação pífia amargo um4ªlugar, Estamos de olhos abertos!
{FONTE DE PESQUISA GOOGLE}
{FOTO DO GOOGLE}
Antonio Laurentino Sobrinho
Enviado por Antonio Laurentino Sobrinho em 30/10/2018
Reeditado em 08/11/2018
Código do texto: T6490242
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