Barbaridade, tchê
 
Depois de ter chegado da minha corrida, com o sol a pino, tomar um delicioso suco de acerola e um refrescante banho, aqui estou diante do meu computador, conferindo a primeira prova do ENEM que fiz nesse domingo.
Por falar em ENEM, esse ano ele completou o seu vigésimo ano. Como na minha época era vestibular, tive a curiosidade esse ano de prestar o exame. Sinceramente fiquei frustrado com os meus acertos, de 90 questões, acertei apenas 45. Fiz a inscrição, e até estava com o propósito de estudar, mas com a chegada da Alta Temporada, achei melhor me dedicar mais aos meus inquilinos, que são a minha realidade, e deixei o sonho de passar no ENEM de lado.
Todavia um fato me chamou a atenção, quando eu estava resolvendo a prova no domingo, uma questão  sobre o Pajubá, dialeto secreto usado por gays e travestis. Me desculpem, mas quero transcrevê-la ipsis litteris para uma melhor compreensão daquilo que pretendo ressaltar.

““Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu acue, deixe de equê se não eu puxo teu picumã!” Entendeu as palavras dessa frase? Se sim, é porque você manja alguma coisa de pajubá, o “dialeto secreto” dos gays e travestis.
Adepto do uso das expressões, mesmo nos ambientes mais formais, um advogado afirma: “É claro que eu não vou falar durante uma audiência ou numa reunião, mas na firma, com meus colegas de trabalho, eu falo de acue o tempo inteiro”, brinca. “A gente tem que ter cuidado de falar outras palavras porque hoje o pessoal já entende, né? Tá na internet, tem até dicionário...”, comenta.
O dicionário a que ele se refere é o Aurélia, a dicionária da língua afiada, lançado no ano de 2006 e escrito pelo jornalista Angelo Vip e por Fred Libi. Na obra há mais de 1.300 verbetes revelando o significado das palavras do Pajubá.
Não se sabe ao certo quando essa linguagem surgiu, mas sabe-se que há claramente uma relação entre o pajubá e a cultura africana, numa costura iniciada ainda na época do Brasil Colonial.
Da perspectiva do usuário, o pajubá ganha status de dialeto, caracterizando-se como elemento de patrimônio linguístico, especialmente por:
A – Ter mais de mil palavras conhecidas.
B – Ter palavras diferentes de uma linguagem secreta.
C – Ser consolidado por objetos formais de registro.
D – Ser utilizado por advogados em situações formais.
E = Ser comum em conversas no ambiente de trabalho”.

Eu gostaria de saber qual a utilidade dessa pergunta no âmbito profissional e acadêmico? Porque os estudantes brasileiros precisam saber o Pajubá, se a gente mal mal domina o Português, que é o idioma da grande maioria de brasileiros, a ter que se ater com o dialeto de uma minoria. Na minha humilde opinião, essa instituição, deveria se ater a elaborar perguntas, que de alguma forma pudesse somar, edificar algo para o crescimento do estudante.  Sem falar que o meu caderno era o branco, teria mais três perguntas a serem formuladas sobre essa perversa, maldita, iníqua, ideologia de gênero, profanadores da tradição, do conhecimento e da ciência. E sem falar que quando vamos votar, não pedem mais o nome do pai, só de mãe. Querem tornar-nos uma sociedade de bastardos, onde o pai não é mais necessário, é coisa de somenos, querem destruir o que temos de mais sagrado, que é a família “instituição Divina”. Existe um ditado que diz: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. É isso que esses lacaios tentam fazer, querem nem que sejam, pela imposição, em pequenas doses homeopáticas, disseminarem essa praga no nosso meio. De repente o convencional passa a ser errado, dando como certo, aquilo que é excuso.  Quando eu sempre afirmei, que independente do partido, o Brasil precisava de uma renovação, é na esperança que barbaridades como essas, sejam extirpadas do nosso meio. Foram tarde, adeus.
 

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 08/11/2018
Reeditado em 08/11/2018
Código do texto: T6497307
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