O Moço da Mercearia
Aquela mercearia é aquela mesma em que há mais de quarenta anos eu compro frutas, verdura e coisas desta natureza.
Estabeleceu-se uma relação de conhecidos beirando à afetividade.
Tudo começou quando eu namorava e comprava maçãs para depois de tanto subir e descer avenida – como se dizia, literalmente fazer avenida – eu e minha namorada, atual esposa comermos para esperar a Jantarada – almoço da tarde como se dizia à época.
E assim de comprar ali as maçãs vieram feiras para sortimento desta vida marital que levei com namoro, noivado e casamento. Aposentei.
E trabalhando ali nesta mercearia aquele moço que me vendia maçãs, ali envelheceu. E continua trabalhando executando tarefas que pode executar por causa de sua idade.
Antecedendo as eleições o tema de toda conversa era este: “Em quem você irá votar?”; tornou-se um assédio.
A ele eu respondi: sou professor e voto na educação, na democracia, nos direitos humanos, na cultura pluralizada, no respeito às diferenças. Não à violência! Eu acredito no livro e não na bala da arma que mata. Ele me olhou com estranheza e através de sua fisionomia deixou claro em quem votaria. Fez gesto de quem empenhava metralhadora.
Mais uma vez eu lá voltei para as compras da despensa diária.
Ele logo lamuriou:
- E o preço do gás, heim?!
- E a reforma da previdência!!! Deste jeito eu vou morrer aqui ensacando batatas...
Antes que ele continuasse eu argumentei:
- Eu lhe avisei! Eu lhe disse, mas você preferiu votar no Governo da Exceção que executará a reforma para todos os trabalhadores, exceto para o Judiciário, Militares e Políticos. E critica a oposição chamando-a de Governo Populista. Eu sou povo e voto no Governo do Povo.
Senti que ele refletiu e parou para analisar.
Ele retrucou: “Você está torcendo pelo Brasil dar errado?” Eu lhe afirmei: “Quem esteve nesta torcida é quem elegeu o ódio e a intolerância como bandeira.” A contra resposta veio: “É agora é rezar para dar certo”.
Um país se constrói com conhecimento. A violência e arma só destroem como na Alemanha, Itália, Portugal, e Espanha ou qualquer regime de governo que apostou na exceção como estes no passado.
Aquela mercearia é aquela mesma em que há mais de quarenta anos eu compro frutas, verdura e coisas desta natureza.
Estabeleceu-se uma relação de conhecidos beirando à afetividade.
Tudo começou quando eu namorava e comprava maçãs para depois de tanto subir e descer avenida – como se dizia, literalmente fazer avenida – eu e minha namorada, atual esposa comermos para esperar a Jantarada – almoço da tarde como se dizia à época.
E assim de comprar ali as maçãs vieram feiras para sortimento desta vida marital que levei com namoro, noivado e casamento. Aposentei.
E trabalhando ali nesta mercearia aquele moço que me vendia maçãs, ali envelheceu. E continua trabalhando executando tarefas que pode executar por causa de sua idade.
Antecedendo as eleições o tema de toda conversa era este: “Em quem você irá votar?”; tornou-se um assédio.
A ele eu respondi: sou professor e voto na educação, na democracia, nos direitos humanos, na cultura pluralizada, no respeito às diferenças. Não à violência! Eu acredito no livro e não na bala da arma que mata. Ele me olhou com estranheza e através de sua fisionomia deixou claro em quem votaria. Fez gesto de quem empenhava metralhadora.
Mais uma vez eu lá voltei para as compras da despensa diária.
Ele logo lamuriou:
- E o preço do gás, heim?!
- E a reforma da previdência!!! Deste jeito eu vou morrer aqui ensacando batatas...
Antes que ele continuasse eu argumentei:
- Eu lhe avisei! Eu lhe disse, mas você preferiu votar no Governo da Exceção que executará a reforma para todos os trabalhadores, exceto para o Judiciário, Militares e Políticos. E critica a oposição chamando-a de Governo Populista. Eu sou povo e voto no Governo do Povo.
Senti que ele refletiu e parou para analisar.
Ele retrucou: “Você está torcendo pelo Brasil dar errado?” Eu lhe afirmei: “Quem esteve nesta torcida é quem elegeu o ódio e a intolerância como bandeira.” A contra resposta veio: “É agora é rezar para dar certo”.
Um país se constrói com conhecimento. A violência e arma só destroem como na Alemanha, Itália, Portugal, e Espanha ou qualquer regime de governo que apostou na exceção como estes no passado.
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 08/11/2018
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