Sobre a morte do jogador

A lâmina da faca de cortar pão rasgava a carne do jogador,

centímetro a centímetro, seu algoz tirava-lhe a vida sem pudores.

A dor aguda de seu grito não saia porque as cordas vocais haviam sido tragadas pelos dentes vorazes da faca.

Talarico, foi o que afirmou à polícia. O corpo inerte, humilhado, sem pinto, sem vida, foi deixado na mata que tudo testemunhou. Nos outros dias, uma reunião no shopping, sorrisos, piscadelas, tudo normal, exceto pela trama, a de narrarem a mesma história. Foi mais de um ou um?Apenas o céu dirá. O que se sabe dessa tragédia, é que o fetiche do corno, um dia, pode acender sua gana assassina, fome de poder, de sangue.

Quanto à vítima, triste fim para si e para sua pobre mãe que chora amargamente a dor da saudade, do seu menininho arrancado da vida pelo pecado da luxúria.