Amor Obsessivo

Ninguém vive de fato sem amar. Sem amar o ser humano não vive, vegeta. Acredito ainda no grande amor. Acho que se pode mesmo viver um grande amor e ele ser permanente. Mas para isso é preciso saber respeitar o tempo e o espaço do parceiro ou da parceira. Respeitar sobretudo as diferenças. Respeitar a sua individualidade e a sua privacidade. A convivência não implica renúncia à privacidade e à indicidualidade, muito menos à maneira de pensar. Sem que haja esse respeito que não é nenhum favor, mas obrigação, não há amor que sobreviva de verdade porque não seria mais amormas dominação por uma das partes, submissão da outra. Alguem renunciaria ao seu amor próprio, ao seu brio, a sua iberdade de pensar e agir. Alguém que se submete deixa de ser gente, vira objeto.

Mas o que desejo colocar aqui, é que há algo pior ou semelhante a quem renunciaao seu amor próprio para satisfazer o parceiro ou parceira. Refro-me ao amor obsessivo. É aqele que excede, exagera, se torna algo pegajoso, chato, repulsivo. É aquele tipo de pessoa que vive exigindo prova de amor, desconfiando, insistindo em declarações, policiando, monitorando, investigando, é aqee amor obsessivo que nãoa é amor, é doença. Esse exagero, essa obsessão deteriora qualquer relação, vai destruindo e corroendo a base do amor, e a base é a confiança. Quando alguem invade a privacidade de quem ama, não respeita seus silêncios e momentos de solidão, quando alguém insiste em ficar grudado e patrulhando é doença. É fim da relação. Amor não é obsessão. Nunca foi. Obsessão é doença. E priu. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 14/11/2018
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