Pernilongos me mordam
 
Não sei se existe algo mais chato, do que o ordinário do pernilongo.
Essas criaturas parecem que são de fases. Tem época que não tem um sequer, mas em compensação, em certas épocas, eles aparecem, e torram a paciência da gente.
Essa noite que passou foi a terceira em que essas terríveis criaturas resolveram fazer banquete do meu precioso sangue, não me dando um pingo de sossego. Jesus quanto tormento.
Na primeira noite fui pego de surpresa, e passei a noite toda em branco, sem dormir nada. O tempo todo era cobrindo a cabeça para ficar livre das suas picadas e das suas sinfonias infernais.
Na segunda e terceira noite, eu tive a triste ideia de queimar aquele remédio em formato de espiral, aff. Quanto sofrimento! À medida que o inseticida ia queimando, aquele cheiro ficava impregnado em todo o quarto. Isso bastou para que a minha cabeça, simplesmente ficasse em ponto de explodir, por causa de tanta dor. Mesmo com essa fumaceira toda, os pernilongos não se renderam, e continuaram me picando e degustando do meu precioso líquido.
Graças a Deus, parece que nessa noite eu fui bem-sucedido, pois desistir do remédio e por volta das dezesseis horas resolvi partir para a porrada com os pernilongos. Depois de um tempo debatendo com as terríveis criaturas, consegui fazer com que a maioria delas, tombassem pelo chão. Tratei de fechar a porta e a janela, e só assim fiquei livre deles. Com certeza, essa noite poderá ser mais tranquila do que as anteriores.
 
Obs: Reedição
 

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 17/11/2018
Código do texto: T6504528
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