O JULGAMENTO DE JESUS AOS CORRUPTOS.

Muitos cristãos que têm intimidade com leituras sagradas, repositório de ensinamentos e saber, ao lerem o Evangelho acham estranho. A severidade com que Nosso Senhor Jesus Cristo trata a estrutura do Poder causa estranheza. Não é de todos a capacidade de entendimento, e acresce a frouxidão de função e compreensão, por limitação, quando e se leem, as obras sagradas, vazadas em sentido tradicional que não é de fácil apreensão.

E como se enquadram esses diante de Jesus e sua severidade?

Não mereceriam eles pelo menos algum respeito pelos cargos civis ou eclesiásticos que assumiram? Perguntaram os doutos no trato hermenêutico.

Nosso Senhor fustiga esses “sepulcros caiados”, essa “raça de víboras”: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão” (Mt 23, 37).

Muito assim se viu e se vê no Brasil com a total desassistência e a inafastável situação famélica em algumas regiões.

Virtude é o que ostentam. No fundo são inteiramente corrompidos.

Deus questiona a idoneidade e boa fé deles: “Vós tendes por pai o diabo, e quereis fazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se manteve na verdade, porque a verdade não está nele” (Jo 8, 44).

Por isso, até mesmo a pregação deles deve ser recebida com cautela: “Raça de víboras, maus como sois, como podeis dizer coisas boas? Porque a boca fala do que lhe transborda do coração”. (Mt 12, 34).

Adverte: “Percorreis mares e terras para fazer um prosélito e, quando o conseguis, fazeis dele um filho do inferno duas vezes pior que vós mesmos”. (Mt 23:15). Ou seja, corrompem a todos fazendo-os partícipes da eterna perdição.

É o que temos no Brasil e a mão de Deus salvadora acaba de interferir e interromper essa procissão maldita, e eles são obstinados.

Resultado: sem arrependimento e permanência no vício da usurpação como se vê, militam no crime mesmo dentro do cárcere, e não se arrependem, não se convertem ao caminho do bem, insistem, e desse séquito ainda maculam imagens da Virgem pornograficamente e outros males e assim, como ocorre, condenar-se-ão: “Como escapareis ao castigo do inferno?” (Mt 23, 33).

Jesus de Nazaré não era um impostor como tanto se vê.

Pintado entre 1304 e 1306 pelo célebre artista italiano da época medieval Giotto di Bondone (1267– 1337),Anás e Caifás, sentados, montam uma farsa de julgamento para condenar Jesus Cristo, de pé com as mãos atadas. Afresco notável da Capela Degli Scrovegni em Pádua (Itália). Querem Caifás e Anás como sendo os juízes comparados aos julgamentos de grandes criminosos do Brasil, àqueles que tanto mal fizeram.

“Nada de grande se faz de repente”. Façam-se as comparações.

Como esses homens de Deus, religiosos pois, começaram a se corromper, naquelas épocas? Escreve Thomas Walsh: “A tentação característica dos bons é o orgulho [“Sereis como deuses”]. A partir do momento em que esses heróis tomaram em mãos os destinos do povo judeu, e seus olhares começaram a desviar-se das causas de Deus e de suas infinitas perfeições para se deterem na contemplação de si próprios […] perderam os fariseus o dom da fé. E a fé — a certeza da verdade não vista — foi a essência da antiga religião. […] Perdido o precioso dom da crença sobrenatural, tornaram-se materialistas […]. Deus, não sendo para eles mais do que um nome, era como um mero guarda-livros que atribuía a cada pessoa a sua recompensa numa proporção matemática em relação às suas obras”.

Mas tiveram ou têm o dom da crença, ou fé ? Homens de Deus!

Qualquer semelhança é mera coincidência.

Nada lhes interessava, a não ser o próprio poder que o dinheiro lhe proporcionava. Apenas honravam com seus ódios os que ameaçavam seus poderes.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 17/11/2018
Reeditado em 17/11/2018
Código do texto: T6504808
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