A teoria do nada

Lutei bravamente durante todo o dia para dentre tantas inspirações de rascunhos, escrever sobre o nada.

É, o nada.

Sabe aquele momento que você até se vê diante a tantas ideias, mas naquele exato período não conta com a disposição para desenvolvê-la com a qualidade que a mesma exige, mas mesmo assim, sente que precisa escrever?

É, me encontro meio que nesse período, e com uma certa curiosidade a me martelar a cabeça.

Como seria escrever sobre o nada?

Já parou para pensar a respeito?

A gente se preocupa com tantas coisas:

Ideias, gêneros, estilos, lugares, pessoas, situações.

Mas, se parássemos e escrevêssemos sobre aquele vazio, aquele nada no qual nos encontramos em tal momento?

Eu, Por exemplo:

Quando preciso escrever, geralmente conto com um rascunho.

Porém, quando preciso desenvolver tal ideia, acabo por ouvir algumas músicas, ler publicações no Facebook, passear por blogs e colunas literárias, fuxicar alguma crônica que venha a mente ou até título de livro.

Pesquisar uma palavra, verbo ou frase diferente no Google também é válido.

O importante é corroborar para com a inspiração.

Pois bem:

vamos diretamente a ele.

O nada...

Afinal, o que seria este, para vocês?

Falo de paz, de tranquilidade, de mente leve, aberta, a plena capacidade para criar, e mesmo assim, querendo filosofar. A mente a pedir um pouco mais.

Que belo seria falar a respeito desse nada!

Afinal, tanto se fala a respeito de tudo... no fim das contas, sobre o que eu iria falar?

Me dirigi ao antigo amigo de todas as horas, e acredito que ele foi um tanto agressivo.

Nada:

substantivo masculinoCoisa nula, sem valor: transformou o nada em arte.O que não existe; o vazio: depois da morte, o nada.[Filosofia] Categoria filosófica que representa o não-ser, a ausência de existência: Sartre escreveu "O ser e o nada".locução adjetivaDe nada; que merece pouca

consideração, que inspira pouco ou nenhum temor ou respeito; insignificante: homenzinho de nada.

Pois, eu ainda irei lhes mostrar o outro lado da moeda!

Corri ao papai Google, e leiam o que ele me disse em um artigo do site Conceitos:

Alguns filósofos acreditam que o nada como conceito não é mais do que uma simples palavra, portanto, isso não significa que o nada seja algo.

Assim, a palavra nada simplesmente tem uma função lógica e não deve ser entendida como um conceito que expressa a verdade sobre algo.

Le entendi bem, a palavra nada identifica a ausência.

Porém, não deve ser entendida como o conceito que expressa a verdade sobre algo.

Por exemplo:

Aqui nessa mesa não tem nada.

Porém, tal afirmativa não pode ser considerada uma verdade absoluta, tendo em vista o fato de que a mesa é bem mais do que apoio a um objeto.

Poeira, bactérias, ar, a suas mãos ao simbolizar o nada sob a mesa.

Em uma casa:

Certeza que não tem nada?

E em nossa mente na hora de escrever.

Será mesmo que não tem nada?

Uma vez que estamos constantimente pensando.

Será que ao pensar que não pensaremos mais sobre nada, ou pensar que não há nenhum pensamento em nossa mente que nos possibilite escrever, não estamos tendo a oportunidade de desenvolver mais um texto, ou que seja, o princípio de um?

Dificilmente uma teoria poderia nos afirmar com segurança o que pode vir a ser o nada.

A Filosofia Existencialista, a física e outras mais, não fazem que eu me tenha por convencido.

Para alguns pensadores e para mim, o problema do nada é inexistente.

Algo que não existe não pode ser pensado.

Se é uma imaginação, uma ideia, que seja.

Se se faz presente em sua mente, existe. Pra você.

Diria que não podemos pensar em nada, e se pensamos que não temos nada para fazer, ou nada para escrever já estamos pensando em algo, me complico, e também complico vocês.

Afinal, de acordo com muita gente pensante, não podemos chamar o nada de algo!

Algo indefinido, mas que de qualquer forma, todos sabemos que algo vem a se tornar alguma coisa em determinado momento.

Acredito que algo não vai bem...

E por fim, descobre-se o algo, que a partir daquele momento, passa a ser identificado!

Lá se vai o anonimato daquele algo.

E a mesma coisa com o nada.

O que você está comendo?

Nada.

Ah, mas algo é!

|Pronto, já envolveram o algo de novo.

Não, não é nada!

É sim!

Deixa eu ver.

E novamente, o nada se transforma em algo, que se transforma em tal objeto mais concreto ainda.

E se não é objeto, é ideia, é fato, é tudo!

Também imaginava que o nada não era tão nada assim.

Por mais que não gostem de identificar o nada como algo, ou a verdade de algo, acredito que seja bem mais do que muita gente imagine por aí!

Então, quando te disserem que não serás nada na vida, se alegre.

Afinal, o nada já é alguma coisa.

Pior que, alguma coisa...

Sempre tive medo de coisas.

Lembro-me que quando pequeno, sempre que perguntava o que havia em tal sacola ou caixa e me diziam nada, eu sempre ficava curioso para verificar.

Porém, quando me diziam coisas, ou aquele coiso, ou a coisa que eu até pretendo coisar naquele coiso depois.

Minha ideia mudava instantaneamente.

Sei lá, a coisa sempre me gerou repulça.

Aquela coisa, sabe?

Vichi, nem fale nessa coisa!

Vejamos se a coisa tem mais peso do que nada:

Coisa:

substantivo femininoTudo o que existe ou que pode ter existência (real ou abstrata).O que pode ser alvo de apropriação: ele possui poucas coisas.O que ocorre; acontecimento: o curso natural das coisas.O que é real em oposição ao que é abstrato:

quero coisas e não promessas.

Tá, uma coisa pode ser mais real do que algo, ou nada.

Que coisa!

Porém, estamos sempre tentando encontrar esse nada.

Acredito que vá do entender de cada um.

O que sei, é que posso ter nadado, nadado e mesmo assim, ter morrido na praia.

Espero não ter confundido vocês com minhas nadificações...

Wenderson Cruz
Enviado por Wenderson Cruz em 20/11/2018
Código do texto: T6507678
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