Domingo de Saudade: De alguem para você

Acordei cedinho, tossindo muito, o tempo em Recife está mudando mais que vira-casaca muda de partido, e isso é ruim para asmático. Mas depois de me acalmar fiquei, como sempr acontece nas manhãs de domingo, lembrando do passado.... Véio matudo vive com um banzo eterno....

Vejam bem, uma das coisas que mais me irritam é, sem dúvida, o pernosticismo de alguns prtensiosos metidos a intelectuais, mas que de cultura só sabe o que o peixe faz: nada. Eles costumam, vira e mexe, ironizar e desprezar aquilo que foi sucesso e tradição nos anos dourados.

Dia desses, presenciei um desses imbecis falando mal dos programas radiofônicos do passado e pichou, o saberôto em compotas, aquele programa das difusoras dos parques de diversões - também das rádios - que se intiulava "De Alguém para Você". Não aguentei a "patata" do ignorntaço, chamei-o às falas na hora que nem caldo de cana e colequei-o no seu devido lugar: calado.

Ora, hermanas e hermanos, esses programas fram importantíssimos. Eles marcaram indelevelmente uma fase incrível daqueles anos mágicos, fim dos anos 50 e começo dos sessenta. Só os tímidos de nascença e os chatos de galocha não usaram esse canal para enviar mensagens para os seus amores. Esó os mais estranhos e solitários por opção não receberam uma dessas mensagens. O "De Alguém para Você" era, repito, importantíssimo. Eu sei que havia as presepadas, armações, tipo fake news, os trotes, mas até isso era importantena medida que a alegria contagiava a todos e não havia nenhuma maldade naquelas armações.

O interessante é que as mensagens dirigidas a determinada pessoa às vezes não era entendida por essa pessoa e sim por outra completamente diferente, bem como, não raro, a pessoa que recbia a mensagem atribuía a sua autoria a outra. Juro. Essa confusão hilária causava embaraços, mas creiam, às vezes servia para armar um namoro que sem a mensagem seria difícil acontecer. Ese tipo de programa servia ainda para alimentar os amore difícies quando a fa´mília de determinada moça vetava seu namoro com determinado rapaz. A eles só restava, pois, o programa para trocarem recados amorosos.

Muitas vezes as moças que eram alvo dessas mensagens, quando elas eram divulgads via alto-falantes, estava na rua passeando com as amigas, ficavam ruborizadas. Isso era de bom tom, mas por dentro ficavam satisfeitas e vaidosas. O mesmo acontecia com os rapazes.

De forma qe o roamantismodaquela época era també increentado e impulsionado pelas mensagens de programas da difusora ou do rádio tipo "De Alguém para Você". Havia outros títulos, mas o espírito do programa era o mesmo: alimentar os amores, era uma espécie de central de recados amorosos.

Por fim, lembro de um recado que ouvi há long long time endereçado a uma aluna do colégio das freiras, colocado por um amigo meu e para uma amiga minha, ele era arrido por ela, hoje são casados, faz mais de 50 anos: "Atenção moça que está trajando blusa branca e saia azul=marinho, que é normalista do colégio das freiras efoi meu grande amor, uça essa música que hoje acalenta a minha solidão e me faz lembrar você. Ouça, querida, Balada Triste". Havia muitas moças vestidas da mesma forma, mas so uma sabia que o ex-amor (briguinha normal que nao durava 15 dias) ra doido por essa música.

Ah, saudade, saudade até do programa "De alguém para você". "Balada triste que me faz lembrar alguém....". Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 25/11/2018
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