Liberdade sem libertinagem

Essa nova mulher assusta!!! Afirmou uma jornalista na rádio Itatiaia. Vamos parar e pensar um pouco sobre isso?

Provérbios de Salomão trata uma mulher que comprava, vendia e cuidava de casa, filhos e negociava. Essa mulher ele chama de virtuosa.

A virtude dela estava no quanto fazia e ainda cuidava de si. Séculos depois nós estamos reencontrando essa mulher. Porém fica uma pergunta: porque então se ela já existia hoje ela assusta tanto?

Assusta porque essa mulher morreu por um período bem considerado. Ela deixou de ser ativa para ser a mulher que cuidava apenas do outro. Ela morreu para sonhar, morreu para estudar e fomos então criadas para ser submetida a uma paciência surreal. Aprendemos que seguravamos o casamento suportando tudo.

De uns anos para cá essa mulher morta para si deu um salto. É como se ela acordasse e olhasse no espelho e não a reconhecesse.

E aí eu pessoalmente preciso de ajuda. Como entender essa mulher, se os homens não foram criados para ser ajuda e sim para mandar. Eles não aprenderam a doar e muito menos abrir mão.

A mulher não ia a lugar algum sem pedir. Hoje ela domina a si mesmo. Ela tem seus passos comandados por sua história e não somente a história que alguém criou.

Quando um homem mata uma mulher a resposta que tenho é: esse não aprendeu que mulher é gente. Para ele era uma posse que adquiriu para serviços dele apenas.

Ele mandava em quando e quantos filhos ter. Quando e onde ela iria nas férias com as crianças e jamais sem ele por perto.

Dirigir? Puxa era para o marido. Algumas é claro saiam dessa fila. Mas estamos falando dessas que submeteram a tudo.

Hoje somos outas, não queremos domínio e sim parceria. Queremos vida e não prisão. Mas confesso que ainda existem algumas que não sabem viver suas vidas.

Sem os comandos elas surtam e se acham menores. É melhor serem dois que um. Já nos disse a Bíblia e concordo, mas domínio não serve mais.

Como canta a canção. Que venha essa nova mulher. Mas sem os defeitos que já vimos nos homens. Mulher não é homem e nem deve agir como tal.

Se queremos um mundo diferente para nós temos também que aprender parceria. Não mando como sempre estivemos mas parceria.

Não é fazer da nossa nova história libertinagem como vimos a vida toda. Não vejo necessidade de sair ficando com todos os homens para provar que somos livres. Somos livres para viver e fazer diferente. Não copiar o de pior que já vimos e não suportávamos.

Que venha um novo tempo onde todos saibamos nos respeitar e nos amar com nossas diferenças e divergências.

Até a próxima...

Leticia Carrijo
Enviado por Leticia Carrijo em 27/11/2018
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