Independência

''Peço a Deus algum dia a capacidade para assimilar uma razão
ou uma justificativa aceitável do porquê muitas mulheres estão
condicionadas a um regime de submissão e opressão por muitos
homens tiranos. Na realidade eu nem sei se os indivíduos dessa
classe dominada pela barbaridade e brutalidade podem ser
denominados como um sujeito prontamente civilizado e respeitoso.
No entanto, invariavelmente, a história é muito conhecida pela
sociedade. O roteiro é sempre o mesmo na maioria dos casos.
O jovem e a moça conhecem-se ainda na juventude, iniciam
o namoro, têm filhos e constituem uma família. Tudo parece
dentro dos padrões da normalidade do ciclo básico da vida de
um ser humano. Entretanto, naturalmente, a convivência diária
revela a personalidade e o comportamento típicos de ambos os
cônjuges. Obedecendo as regras da história da humanidade,
a mulher trabalha em casa, cuidando do lar e da educação dos
descendentes, enquanto o marido sai para garantir o abastecimento
do agrupamento. Porém, a atmosfera doméstica passa a ficar
saturada pela discórdia e desentendimento entre marido e mulher.
Logicamente, deve haver respeito, amabilidade, compreensão e
cumplicidade no matrimônio. Todavia, a mulher deve obedecer ao
homem e o marido deve amar, proteger e respeitar a sua esposa.
Diante disso, através dos anos, muitas mulheres toleram e suportam
o comportamento abusivo e violador dos maridos porque sentem-se
conectadas pelo fato do que a relação e os frutos do casamento,
os filhos, representam. Elas sentem-se acorrentadas e aprisionadas
a essa condição e aguentam o padecimento e o sofrimento de serem
humilhadas e desprezadas por toda vida por causa dos filhos.
O tempo passa, os filhos crescem, tornam-se adultos e abandonam
a casa dos pais. É o ciclo natural e esperado da humanidade.
Apesar disso, existem muitas mulheres que persistem em permanecer
ao lado do marido violento, agressivo e abusado. A desculpa é sempre
a mesma, de que nunca trabalhou fora de casa e que se elas largarem
seus cônjuges, enfrentarão necessidades e privações financeiras.
Por conseguinte, a minha opinião como escritor é que o ser humano
tem uma incrível habilidade de resiliência e adaptação às adversidades,
isto é, tanto a mulher como o homem têm a incrível capacidade
de desenvolver competências e agilidades. Portanto, mulheres
não dependam de maridos autoritários e ditadores. Vocês têm
a plena liberdade para serem e estarem o que e onde quiserem
Você pode, você é!''
Lucas Nicácio Gomes
Enviado por Lucas Nicácio Gomes em 29/11/2018
Reeditado em 19/03/2019
Código do texto: T6514770
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