TEMPO DE ADVENTO DO NATAL DO MENINO JESUS

Neste Tempo de Advento que começa hoje, dia 30 de novembro de 2014, quando inicia o nosso “Ano Litúrgico - Ano B, Ano de São Marcos”, gostaria de refletir sobre a família, tendo como referência, modelo e protótipo, A FAMÍLIA DE NAZARÉ: JOSÉ, MARIA e JESUS.                                                Por quê esta família que viveu há 2 000 anos é escolhida por nós, cristãos, para iluminar nosso caminho?   Porque ela começou com um convite de Deus, através do Anjo Gabriel, tanto para Maria, quanto para José. Lembram-se?
Maria, estava em oração e José estava dormindo e em sonho ele recebeu sua missão. E os dois disseram “SIM”.

Aliás, como todos os casais quando iniciam uma família: Todos dizem “SIM”. Um “SIM” no escuro, um “SIM” numa folha em branco, um SIM sem garantias. Apenas com a garantia das Bênçãos e das Graças de Deus sobre as ações de BOA VONTADE que o casal realiza na construção de sua casa na ROCHA que é DEUS.

Quais são as virtudes da Família de Nazaré que poderemos e deveremos viver? Foram tantas, meus amigos, que vamos lembrar e especificar apenas algumas: • A Confiança em Deus (a fé), a Disponibilidade e a Humildade.  

Uma confiança que também age, como nos ensina Santo Agostinho: Rezar como se tudo dependesse de Deus e agir como se tudo dependesse de Nós.

Vivemos a disponibilidade quando encontramos tempo para Deus e a humildade quando descobrimos e fazemos a Sua Vontade.                              Maria acreditou nas palavras do Anjo Gabriel e na disponibilidade de servir foi confirmar, ajudar e levar o Menino que já estava crescendo em seu ventre à sua prima Isabel, anunciando “aquela” novidade maravilhosa de um Deus Conosco – O EMANUEL.  José, também, escutou o Anjo em sonhos, e sem entender o Mistério que estava acontecendo com Maria, na sua Fé, na sua Confiança em Deus, ficou junto dela, apesar de todas as evidências e circunstâncias daquele momento, indicassem o contrário.
Maria estava grávida, mãe solteira e ele tinha certeza que não era o pai. Mas José se tornou disponível, não fazendo a sua vontade de formar uma família normal, e sendo barro na mão do oleiro que é Deus, colaborou para que a Salvação pudesse acontecer.                                                                        

Hoje, os Ministros levam Jesus Eucaristia aos doentes. Os Catequistas levam Jesus e o seu Evangelho às crianças, jovens e adultos. E assim, vivemos também hoje , as virtudes da Confiança, Disponibilidade e Humildade, oferecendo e confiando na Providência Divina que tudo completa, tudo supre, quando temos Boa Vontade em nossas ações. 

A Fidelidade, o Desapego e a Esperança:
Maria e José foram fiéis a si mesmos, entre eles como esposos, ao filho Jesus e a Deus. Convenhamos que foi uma fidelidade muito difícil de entender e viver, só mesmo com muita oração, aceitação, comunhão, desapego e esperança.
Hoje, muitos casais vivem esta fidelidade,  também, os sacerdotes, frades, freiras e os celibatários.  Quantos casais, em nosso tempo, por motivo de doenças, de acidentes, são fiéis aos seus cônjuges, vivendo uma fidelidade matrimonial e familiar, crescente e criativa?   
Não percebemos e nem valorizamos muitas vezes, estas santas famílias, tão perto de nós.                                                                                                      O desapego foi muito difícil para Maria e José, quando Jesus saiu de casa para viver a totalidade da experiência do Messias, com um comportamento radical e diferente de todos os jovens de sua época. Maria e José devem ter rezado muito a Deus, para poder facilitar este momento para seu Filho. Maria e José eram apenas instrumentos de Deus na vida dele. Jesus não pertencia a eles. E com esta atitude de desapego e compreensão, eles puderam viver a Esperança da Promessa, quando  da Anunciação.

Os filhos não são nossos, eles precisam viver sua vocação de Filhos de Deus. Como já disse Kalil Gibran, Pensador Libanês (1883-1931) que disse: “Os pais são os arcos, os filhos, as flechas e o Arqueiro é Deus”. Hoje, temos muita dificuldade, de desapegar dos filhos. Queremos controlar tudo. Muitas vezes com a desculpa de querer ajudar, atrapalhamos a vida deles. Não acreditamos no seu potencial, nas descobertas e escolha de sua vocação. Com isso não os deixamos seguros para a vida, não os deixamos construir suas famílias, sua vocação, seu futuro... 
Para finalizar: o Amor, o Amor e o Amor... Palavrinha complicada, desgastada e esvaziada... Maria e Jose viveram o verdadeiro amor que é a síntese de todas as virtudes, como anunciou São Paulo no seu lindo HINO AO AMOR, em I Coríntios, 13, 1-13, que é tão conhecido e tão difícil de viver e que vou apresentar a seguir:
Excelência da caridade 13 1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. 2 Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. 3 Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! 4 A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. 5 Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. 6 Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. 7 Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará. 9 A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita. 10 Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá. 11 Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança. 12 Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido. 13 Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade. Palavra do Senhor!                                                                              Maria e José viveram, durante a sua vida, a paciência, a humildade, a simplicidade, o serviço, a verdade, a justiça, a fé, a esperança e mais outras virtudes constantes desta passagem e por isso viveram o VERDADEIRO AMOR, o AMOR CARIDADE, O AMOR ÁGAPE.

NOSSA ORAÇÃO:  Peçamos à Família de Nazaré, neste Tempo de Advento, em preparação ao Natal de Jesus, que nos ajude a viver
O AMOR ÁGAPE, O AMOR VERDADEIRO, O AMOR SEM INTERESSE, ENFIM O AMOR GRATUITO  PORQUE  ESTA CARIDADE PERDOA OS NOSSOS PECADOS. E ASSIM O NATAL ACONTECERÁ VERDADEIRAMENTE EM NOSSO CORAÇÃO, EM NOSSA VIDA E EM NOSSA FAMÍLIA.
QUE AS GRAÇAS DO NATAL PERMANEÇAM DURANTE TODO O ANO NOVO DE 2015 !
Terezinha Domingues
Enviado por Terezinha Domingues em 10/12/2018
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