Prudência

Marcus Tullius Cicero nascido em 106 A.C. foi uma das mentes mais versáteis e brilhantes da Roma antiga. Filósofo platônico e dotado de uma memória fenomenal é considerado um dos maiores oradores da história. Foi ele quem apresentou aos romanos as escolas da filosofia grega e criou um dicionário filosófico em latim.

Na caótica segunda metade do primeiro século antes de Cristo marcada pelas guerras civis e a ditadura de Júlio Cesar, foi Cícero quem patrocinou um retorno ao governo republicano tradicional.

Lembrado pelos seus trabalhos humanísticos, políticos e filosóficos, Cícero definiu a virtude como “uma disposição do espírito em harmonia com a razão e a ordem da natureza”.

Esta definição estóica da virtude, eu interpreto como “uma disposição da alma que nos induz a praticar o bem”.

Ele afirma também que, a virtude é composta de quatro partes: Prudência, Justiça, Constância e Temperança.

Cada uma dessas quatro partes da virtude é por ele subdividida em outras partes independentes. No entanto vou aqui definir - pela boca de Cícero - apenas a prudência e suas partes:

A prudência é o conhecimento daquilo que é bom, daquilo que é mau e daquilo que não é nem bom nem mau. Suas partes são a memória, a inteligência e a providência.

- A memória é a faculdade pela qual a mente relembra o que aconteceu.

- A inteligência é a faculdade pela qual a mente averigua aquilo que é.

- A providência é a faculdade pela qual se vê que algo acontecerá antes que ocorra.

O que quero dizer com tudo isso?

Ora! Apenas que:

Mesmo tendo o coração sensível ao bem,

Canja de galinha e prudência, não fazem mal a ninguém.