PAVILHÃO
Durante minha passagem na terra morei por nove meses numa Comunidade Terapêutica.
Cheguei lá na comunidade com apenas a roupa do corpo e sem grana pra comprar um guarda-chuva.
O meu desejo quando saísse dali era adquirir um guarda-chuva.
Na cidade, eu desviava o dinheiro com porcaria, só sobrava pro guarda-chuva 1,99 e o objeto se desmanchava com a água da chuva.
Dentro da comunidade conhecei um interno cujo desejo era construir cinco casas de aluguel.
Falei pra ele que o desejo dele beirava oitocentos mil enquanto meu guarda-chuva quarenta reais.
O tempo de internação se cumpriu nas nossas vidas.
Deus prosperou em minha vida pude comprar o guarda-chuva, automático.
Naquele interno operou o decreto do inimigo meteu um latrocínio e ao invés de cinco casas tem pra si um pavilhão inteiro, da penitenciária.