Amar, desamar e amor outra vez....BVIW

Eu sempre tive um coração insensato, que é capaz de amar , desamar, amar outra vez, outra vez e desamar outra vez. Assim sucessivamente, nem sempre na mesma ordem ou desordem. Mas sempre possui uma solidão impenetrável de artista com olhos voltados para o horizonte. Havia sempre uma janela, uma porta ou paisagem longínqua para as pessoas me perderem. E havia uma dor sempre me estraçalhando a vida cotidiana, os amores cotidianos, tudo que era normal perto de mim, morria, fenecia como as flores no deserto.Por isso, sempre vivi além do cotidiano, além da normalidade cotidiana. Eu sempre tive um ar sensato de cientista que me salvava do inferno da minha inconstância interna e eu engano as pessoas, elas me olham quieta , parada com o olhar perdido, mal sabem o que me consome por dentro. Sei que pareço suave, meio frágil ( na aparência) , irônica, um pouco( ou muito) insensata e com um ar perplexo, assim algumas pessoas querem se apossar de mim, muitas vezes, sem perguntar, mas eu não preciso de ninguém. Basto-me, emocionalmente, eu cresci, faz tempo, igual ao tempo que perdi o meu pai ( meu amor maior), só se igualando em amor aos filhos. Mesmo com eles, vivo bem na minha solidão, pois vivo além do cotidiano. Além da vida real, vivo nas letras, nos livros, no séries da Netlix e, um dia, vivi num grande amor que eu extingui, matei com a minha personalidade insana. Hoje, vivo assim, metade de solidão em porções de amores e noites dançando em abraços e corpos alheios! Assim sou, além do cotidiano...

( Um pequena biografia para começar o ano de forma verdadeira)

Marisa Piedras
Enviado por Marisa Piedras em 02/01/2019
Reeditado em 04/01/2019
Código do texto: T6541033
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