Calor
O sol escaldante faz com que o suor caia pelo rosto e torne cada rosto nebuloso em ruas superlotadas. Que diferença faria ver um rosto estranho que perambula junto por concreto e frieza.
Nada havia de sossego. Somente barulho e poeira que engasgavam um peito solitário. Como animal tentei não ser a próxima presa dessas ruas violentas, sedentas por sangue frágil.
O sentir-se pequeno calavam qualquer pedido de ajuda. E nessa eufórica corrida pelo vazio, tudo era igual. Fácil se perder entre serpentes furiosas e famintas. Ser seu alimento que satisfaz desejos imensuráveis.
Nada havia de familiar, apenas o abandono.
Apenas mais um dia de verão numa cidade cheia de si.