Todas as investigações sobre o ser chamado genericamente de “diabo” têm sofrido enorme sensível variação. A visão bíblica, patrística e medieval[1] a respeito do diabo[2] é, no mínimo, curiosa.
 
A modernidade que já tem dificuldade em considerar, seriamente a noção de anjos e, que nos remete na maioria das vezes a noção de demônio, e por superstição mitológica a maioria dos teólogos preferem-se calar-se a esse respeito.
 
A visão contemporânea sobre o demônio[3] vem com uma pitada de humor sendo resultante da metamorfose mais absoluta por ser a sombra de Deus. Afinal, a argúcia do diabo que conseguiu converter-se finalmente na ideia pura do mal sendo capaz de seduzir e de façanhas incríveis.
 
A noção de ser anjo caído[4] nos adverte sobre o encontro sacro-literário e as querelas por venturas deste surgidas. O engraçado que o culto ocidental a seres divinos é baseado em vários exemplos distintos, porém, relacionados entre si, de representação literária.
 
Os demônios pertencem a todas as épocas e todas as culturas, porém, anjos caídos e diabos são emergentes essencialmente de um conjunto contínuo de tradições religiosas que começa com zoroastrismo[5], a religião dominante dos persas e, passa para o judaísmo[6] no cativeiro da Babilônica e, mesmo no pós-cativeiro.
 
Há certa ambivalência de anjos maus no judaísmo tardio para o cristianismo inicial, e depois uma transformação positivamente ambígua de três tradições angélicas no islamismo[7], difícil de rastrear porque os sistemas neoplatônicos e alexandrinos tal como o hermetismo entram na mistura.
 
O diabo torna-se presença marcante, em primeiro lugar, nos livros judaico-cristãos tomados como canônicos que hoje compõe a denominada Bíblia, célebre ainda quando não tomada pelo viés religioso, como é o caso da tradição cultural ocidental.
 
Percebe-se que o diabo bíblico passa por diferentes configurações, conforme aponta a crítica, sobretudo se contrastadas as duas grandes partes nas quais as Sagradas Escrituras[8] foram tradicionalmente dividias.
 
O diabo é polêmico por natureza, e Satã[9] não sofreu poucas provações nem mesmo a divindade, naquele contexto, personificada, sobretudo, no Messias, no Primeiro, marca presença um ser ambíguo, que ao menos se passa por um dos Filhos de Deus.
 
Os estudiosos da Bíblia aceitam-se de maneira geral que os satãs descritos por Jó e de Zacarias são espécies de funcionários públicos do Tribunal Divino. Mas, tal sentimento não inclui o Satã do Novo Testamento.
 
Enfim, ele é visto como maléfico, de tal modo que a figura em Jó não é; o que ele é, de fato, um inimigo de Deus assim como do homem, um tipo de malfeitor cósmico[10].
 
Já o “capiroto”[11] pós-bíblico que se encarna na literatura ficcional buscou registrar-se aspectos desse diabo aventureiro fixando os limites das considerações sobre as obras “A divina comédia” e seu par dentro da Divina Paródia[12].
 
Para o budismo, por exemplo, não existe o diabo. Apesar de existir um sujeito diabólico chamado de Mara[13]. E, que tentou Gautama Buddha, oferecendo-lhe lindas mulheres (e, em algumas versões, suas próprias filhas).
 
Tirando a atenção dos homens da vida espiritual, fazendo as coisas mundanas e atraentes e, ainda, procurando transformar o negativo em positivo. Outra interpretação é de que Mara representa os desejos em nossas mentes que nos impede de ver a verdade, uma parte ruim nossa que deve ser derrotada.
 
Já para o hinduísmo em oposição com as tradições judaico-cristã e islâmica, não especifica nenhuma força maléfica principal, mas reconhece que as pessoas podem realizar atos de maldade quando dominadas temporariamente por entidades conhecidas como asuras. Rahu[14] teria uma característica mais próxima do Diabo dos cristãos, se bem que Vishnu encarna para destruir o mal quando ele se torna muito forte e potente.
 
O diabo é teólogo, sabendo se posicionar adequadamente quando a argumentação sobre a questões de fé se faz necessária. E, são palavras de Astarot[15] instruindo Diogo Cão[16]: "Veja bem: um homem comete um pecado mortal, ofende a Deus, neste caso, deveria ser nosso aliado, não é? Afinal, não tem cabimento você, como um bom demônio, se meter a castigá-lo.
 
Aliás, tal alegação ratifica a amistosidade e a cumplicidade destacadas anteriormente. Ante o questionamento de Diogo Cão que inicia o diálogo indo mais fundo em suas concepções diabólicas.
 
A verdade é que a concepção religiosa do diabo foi se alterando com decorrer dos tempos, o condenado que habita as páginas da literatura[17], sempre inexoravelmente, dá mostras de migração figurativa. Noutras palavras, com a mudança do homem, que concebe ou pensa o diabo, altera-se, em proporção semelhante, também o maligno.
 
E, assim, como o homem, mudado e mutante, o diabo também foi reconfigurado e, continua a ser retratado pela literatura e, com mil possibilidades cênicas[18].
 
Em suas dimensões menos trágicas talvez signifique está menos diabólico, e mais, ao que os franceses chamam de diabolique.
 
O diabo adentrou ao século XXI já com a imagem que dele fazemos hoje, mas já é considerado um personagem menos influente, apesar de continuar inspirando medo. E, seus atributos mitológicos são estáveis e ainda possui popularidade crescente com a proliferação de seitas que o reverenciam. Mas, pagou elevado preço por tal secularização sob a forma de perda parcial[19] do respeito e do pânico que sua figura sempre propiciou.
 
Para alguns sociólogos e filósofos tal sinal é positivo pois se conclui que o mundo contemporâneo está perdendo o senso do mal. E, assim, a civilização humana pode desagregar-se e ir diretamente para o inferno, conforme afirmou Jeffrey Burton Russel, professor de História da religião da Universidade da Califórnia, EUA.
 
Referências:
LEOPOLDO, Raphael Novaresi. O Diabo O Malfeitor Cósmico. Disponível: http://books.scielo.org/id/y742k/pdf/magalhaes-9788578791889-05.pdf   Acesso em 2.7.2018.
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­____________________________  Nas pegadas de Dante : A Divina Paródia, de Álvaro Cardoso Gomes, em diálogo com A Divina Comédia / Raphael Novaresi Leopoldo ; orientadora, Salma Ferraz -
Florianópolis, SC, 2013. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/106988/319142.pdf?sequence=1 Acesso em 2.7.2018.
MORAIS, Jomar. Satã vive. Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/sata-vive/  Acesso em2.7.2018.
FERRAZ, Salma. O Diabo Na Literatura Para Crianças. Disponível em: https://ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/Vertentes34/Salma%20Ferraz.pdf  Acesso em 2.7.2018.
BURKE, Peter. Cultura popular na Idade Moderna. São Paulo: Editora Companhia de Bolso, 2008.
 
 
[1] Na Idade Média, entre as seitas fundamentalistas, via-se o Diabo e seus auxiliares por toda parte. Imaginavam-se pactos entre homens e Satã, em troca de fortuna, conhecimento e poder – tema cujo paradigma é a história de Johannes Faustus, de Heidelberg (1480-1540), retratado mais tarde, em 1833, no Doutor Fausto, drama do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe, que conta a história do sábio que compactua com o Demo para conquistar conhecimento, poder e mulheres.
[2] O vocábulo diabo advém do grego diábolos. Vocábulo constituído pelo já conhecido prefixo διά ‎(diá) e por βάλλω ‎(bállō), «atirar». Neste caso, o referido prefixo exprime separação, divisão, pelo que diabo, literalmente, indica aquele que desune, que inspira ódio ou inveja.
É tratado como a representação do mal, em sua forma original era um anjo querubim, responsável pela guarda celestial que fora expulso dos céus por ter criado rebelião de anjos contra Deus, com intuito de tomar-lhe o trono.
[3] A origem de demônio advém do latim daemon que significa espírito bom ou mal. 
Mas, em grego, daimon significa divindade, poder divino, Deus de menor importância, espírito-guia, deidade tutelar (podendo incluir os espíritos mortos). Em Indo-europeu a palavra dai-mon significa aquele que divide, no sentido de repartir ou dividir.
[4] O anjo caído ou decaído é um anjo que cobiçando ter maior poder, acaba por se entregar às trevas e ao pecado.  A expressão indica que é um anjo que caiu do Paraíso. O anjo caído mais famoso é próprio Lúcifer.
Os anjos caídos são bastante comuns nas histórias de conflitos ente o bem e o mal. Segundo a Bíblia, há texto que afirmam que vários deles terem procriado com humanos e resultando em uma nova raça chamada de nephilins ou híbridos.
Cogita-se igualmente que estes teriam sumido após o Grande Dilúvio, que teria sido produzido justamente com essa intenção, porém, por causa de suas passagens diretas entre inferno-terra, se salvaram e continuam por aqui.
[5] A primeira representação do "diabo" teria surgido no século VI a.C., na Pérsia. O profeta Zoroastro descreveu a figura de Arimã, o “príncipe das trevas” em seu conflito com Mazda, o “príncipe da luz”.
Eram essas duas divindades, que expressam a polaridade existente no universo e dentro da própria alma humana, que regiam o mundo de Zoroastro. 
Durante o cativeiro na Babilônia, os hebreus tiveram contato com o masdeísmo persa, religião que divinizava os seres naturais. Segundo alguns historiadores, isso foi fundamental para a concepção do que viria a ser o Satã do Judaísmo e do Cristianismo. Na antiga língua hebraica, Satanás quer dizer acusador, caluniador, aquele que põe obstáculos. E foi assim, sem a face aterrorizante que ganharia mais tarde, que o Diabo estreou no Velho Testamento.
[6] A figura dibbuk seria uma espécie de demônio da cultura judaica. E, a palavra Dibbuk significa adesão, ou seja, algo um ou mais espíritos que se associa conjuntamente. 
O termo particular (dibbuk) e o tema da possessão são usados ​​principalmente na história mística, especialmente desde o século XVII, para indicar a penetração na pessoa de parte de um espírito não necessariamente mal, que interfere com o seu comportamento.
No judaísmo, Satã não é propriamente o "coisa-ruim" e a este cabe pegar no pé da humanidade, apontando nossas falhas e graves pecados. No livro de Jó, ele age como promotor da divina corte, angariando provas de que o homem não merece o amor do Criador.
Ele também dá uma mão na construção do bezerro de ouro que os israelitas adoram enquanto Moisés está no Monte Sinai. De qualquer forma, a Torá afirma em diversas passagens que foi Deus quem criou o bem e o mal.
[7] No Islã, Shaitan não tem poderes, apenas fornece más ideias para quem lhe der ouvidos - e todo o mal que fazemos é por nossa escolha. Ele foi expulso do paraíso por não louvar Adão, desobedecendo Alá. No Corão, Satã é inimigo da humanidade, já que Alá é supremo. O "jihad", banalizado pelos terroristas, é a luta contra os desmandos de Shaitan.
[8] Até o início do século XVIII, a oração do Pai Nosso afirmava textualmente: “livrai-nos do Demônio". Hoje os católicos pedem simplesmente que Deus os livre “do mal", mas isso não quer dizer que a existência do Diabo tenha sido totalmente abolida nas encíclicas papais. No entanto, a presença de Lúcifer no Inferno, torturando almas de pecadores, é uma criação da literatura cristã medieval, pois a Bíblia afirma que o Diabo anda solto no mundo.
[9] Historicamente, Satã, do jeito como o visualizamos hoje no Ocidente – um ser que concentra em si a maldade absoluta – é resultado de uma longa gestação psicológica na qual os arquétipos (imagens psíquicas do inconsciente coletivo que, na concepção do psicólogo suíço Carl Jung, estruturam modos de compreensão comuns aos indivíduos de uma comunidade) do mal foram ganhando formas concretas tanto a partir de sincretismo – por meio da mistura da ideia do mal que há nas diversas religiões – quanto de processos de transferência – em que a pessoa descarrega num mito, numa figura externa, todo o mal que enxerga dentro de si.
 
[10] Após a Revolução Francesa e a consequente separação entre Igreja e Estado, no século XVIII. A Igreja enxergou forças demoníacas no saber científico.  Mas, fora do círculo religioso, sua imagem começou a sofrer uma mutação radical.
O romantismo, movimento que revolucionou as artes a partir do final do século XIX e que pregou a subjetividade, em rebelião contra o autoritarismo católico, transformou Satã num símbolo do espírito livre, do progresso e da revolta contra o obscurantismo medieval – um aliado do homem condenado pela moral cristã ao sofrimento.
Em Fausto, de Goethe, a visão do demoníaco reflete não apenas as forças do mal, mas também o problema do conhecimento e o desejo do homem de dominar a natureza.
[11] Capiroto é gíria comum no Brasil que significa o mesmo que demônio, diabo e satanás.
Mas, dependendo do contexto pode ser usada para se referir a alguém muito feio ou extremamente bagunceiro e desobediente.  Capirocho. Variante de capiroto, q.v., com t palatalizado.   Capirote. Do gascão capirot “capuz”.  Capiroto. Talvez de capirote, q.v.  Capiscar. Do it. capisco “entendo”, primeira pessoa do sing. do pres. do ind. do verbo capire e desin. -ar.
[12] O divertido em "A Divina Paródia" é a graça que o autor faz com a dita grande literatura. O grandioso e o sagrado descem do altar para a vida normal, pequena, desesperada até. E lá se vão os pobres simulacros de Dante e Beatriz sem a arrogância, sem véus ou mofo de antiga prosa.
Álvaro Cardoso Gomes, autor de tal aventura picaresca, rouba a pompa e circunstância dos heróis da famosa e dantesca comédia. Diogo Cão, o protagonista de caminhos errantes, sofre uma lobotomia, para começo de conversa e reconhecimento do inferno - essa eterna invenção dos outros.
[13] Mara é o oposto de Buda, ou seja, uma vez que Buda representa a iluminação, Mara é a ilusão. Isto é personificado como o demônio Mara que teria tentado impedir Siddhartha Gautama de alcançar a iluminação e, também, vive no interior de cada pessoa tentando mantê-la adormecida na ilusão Maya do mundo.
Mara tentou o Buda na noite antes dele se tornar iluminado. Mara disse ao Buda que ele poderia se tornar um homem de grande poder –  um político, um rei, um presidente, um ministro ou um bem-sucedido homem de negócios com dinheiro e lindas mulheres – se ele desistisse de sua prática de plena consciência. Mara tentou duramente convencer o Buda, mas não funcionou.
[14] Rahu ou nodo norte, na astrologia védica, é um planeta maléfico natural, que não se refere a nenhum corpo celeste específico, mas um ponto de órbita da Lua ao cruzar a eclíptica se dirigindo para o norte.
Na mitologia indiana, ele foi um demônio derrotado por Vishnu e supostamente responsável pelos eclipses. É representado com um tigre ou leão ao seu lado, segurando em uma de suas mãos um cajado (gada), em outra mão uma flor de lótus e com uma cobra enrolada em suas pernas.
A cabeça do corpo é Rahu e a cauda é Ketu, que corresponde ao nodo lunar sul. Na astrologia é um significador de ganância, obsessão, profissões da área de pesquisa e novas tecnologias, exportação e importação, astronáutica, etc.  Também rege a química, o tabaco, o álcool e substância opioides.
Rege acidentes, eventos inesperados, envenenamentos, intoxicações, doenças virais e fenômenos paranormais. Rahu também obtém seu significado aumentando em excesso o planeta que se encontra em conjunção com ele.
[15] Astaroth é um grão-duque do inferno associado à hierarquia de Belzebu e Lúcifer e parte da trindade maligna. É figura masculina cujo nome provavelmente tem ligação com a deusa fenícia Astarte. Astaroth é um demônio representado como um homem desnudo com mãos e pés de dragão, asas com plumas, levando uma coroa, segurando uma serpente com uma mão. Ele cavalga sobre um dragão alado, de aspecto parecido com um lobo ou cachorro.  Outras versões medievais indicam Astaroth como um enorme cavaleiro negro, montado em um Escorpião.
[16] Diogo Cão fora um navegador português do século XV que possivelmente nasceu na Vila Real, mas em data desconhecida, pois somente a realeza fazia os registros concretos sobre as datas de nascimento e falecimento. Diogo Cão é citado em diversas obras artísticas, como nos Lusíadas, de Luís de Camões ou no poema Padrão constituinte da obra Mensagem de Fernando Pessoa.  O navegador é personagem também no romance As Naus, de António Lobo Antunes. Foi também o primeiro navegador a utilizar um padrão de pedra no ato da marcação. Foram impressos uma nota de 1 angolar de Angola, bem como selos da Metrópole e das Colónias, com a sua imagem.
[17] Na literatura portuguesa, encontramos o Diabo protagonizando: O auto da barca do inferno, de Gil Vicente; o conto “O senhor diabo”, de Eça de Queirós; o conto “A hora do diabo”, de Fernando Pessoa; e o romance O evangelho segundo Jesus Cristo, de José Saramago. Nesse romance, o Diabo, denominado de Pastor, é o protagonista, o grande herói desse desevangelho, que tenta salvar Jesus e todos os seus futuros seguidores.
Na literatura brasileira, muitas são as obras que tratam da Estrela da Manhã. Citamos apenas duas das mais conhecidas: Macário, de Álvares de Azevedo, e Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, ambas retomando o mito de Fausto.
[18] Ninguém jamais recebeu tantos nomes. Nenhum ser excitou tanto a imaginação humana ao longo dos séculos. Num mundo dominado pela tecnologia, com educação e informação em larga escala, imaginou-se que não haveria mais lugar para ele. No alvorecer do terceiro milênio ei-lo aí, vivo e atuante, ainda que transformado e sem os superpoderes de outrora.  Ele – Asmodeu, Belzebu, Azazel, Belial, entre os muitos nomes com os quais os antigos hebreus o rotularam.
Ou Iblis, como dizem os muçulmanos. Ou Arimã, como o chamavam os seguidores de Zoroastro, na Pérsia. Ou simplesmente, como bem o sabem os brasileiros temerosos de mencionar-lhe o nome, o Rabudo, o Tinhoso, o Beiçudo, o Pai da Mentira, o Cão.  Amigo leitor, eis Satanás, o Demo, o Diabo, a mais intrigante das figuras que povoam o imaginário humano.
[19] Dois vilões entre os mais populares foram criados ao longo da Reforma; o estereótipo católico do protestante malvado e o estereótipo protestante do papista malvado.
As imagens tinham muito em comum com os estereótipos do judeu e da bruxa, dos quais foram extraídos vários elementos. Já na França do século XVI, os católicos descreviam os protestantes como porcos, sacrílego e blasfemos, senão, por que haveriam de atacar as relíquias e imagens?
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 19/01/2019
Código do texto: T6554649
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