NAS ENTRELINHAS
Há sempre esta carência em mim, um penhasco de angústia, uma espera interminável. Vivo comendo as dores do passado e transformando-as em meu paraquedas.
A vida tem me levado a um caminho que se afunila cada vez mais. Ninguém nunca entenderá meu tormento, meus olhos cansados, meu enlace com a solidão, meu viver à beira do abismo.
Tenho muito do que se pode sonhar: alguns empregos, amigos, família, nome e respeitabilidade. Olhando de fora, alguém poderia me fazer a pergunta trivial: "o que ainda lhe falta?"
_ Nas entrelinhas da poesia, poderá ter a resposta...