Extra Cérebro

Extra Cérebro

HUMOR

Há um mito antigo que diz que apenas usamos 10% do nosso cérebro. Parcela que nada tem haver com seu volume, e sim com sua capacidade. Diziam, desde Einstein, que nascemos com pouca capacidade mental, teoria que o físico usou para explicar sua grande inteligência.

Entrando a fundo neste mito, estudiosos deduzem qual seria o efeito do completo uso da nossa mente. Dentre eles, estão o fato de termos a capacidade de fazer objetos levitarem, de enxergar mais de três dimensões, materializar e controlar o fogo, ver o que chamamos de alma ou espíritos, além de ter todos os sentidos aguçados e um enorme poder de memorização.

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Todos os novos filhos de Esparta, na antiga Grécia, eram passados por um teste ou cerimônia, para ser tomada uma difícil decisão. Cidadãos-guerreiros, como eram conhecidos, tinham que ser perfeitos em suas tarefas, sendo assim, tal decisão era precisa, para ser ter certeza da continuação histórica da eficiência de seus soldados. Bebês que nascessem com algum tipo de defeito, eram descartados. Não do posto de guerreiro, mas da vida carnal; eram enviados sanguinamente para os poços profundos de Hades.

Não se via um fato muito diferente, em teoria, com os Zarguenianos do belo planeta Zarg. Era sabido em toda galáxia que estes seres eram excessivamente inteligentes. Da mesma forma dos terráqueos Espartanos, eles se livravam dos descendentes errôneos. Chamavam-os em sua língua de “dactatkazulmaridul”, ou seja, cabeças pequenas. Sua tecnologia havia avançado a um nível impressionante, conseguindo eles criar seus animais artificialmente, viagem no tempo ou máquinas teletransportadoras.

Os zarguenianos bebês, quando nasciam “cabeças-pequenas”, eram enviados para um mundo distante, um lixão usado por estes para suas crias mal feitas. Apelidados de “humanos”, eram deixados em um planeta pequeno e singular, cuja atmosfera permitia a continuação da vida. Os pequenos que sobreviviam, iam se modificando pela própria atmosfera, tornando-se maiores e mais fortes fisicamente, para compensar seu pouquíssimo desenvolvimento mental, mais evoluídos e inteligentes, ainda não podendo ser comparados com seus primogênitos, de cujo crescimento evolutivo não preciso comentar.

Vendo a relativa e estranha união entre os seres no planeta lixão, agora chamado Terra, e seu desenvolvimento, o planeta Zarg tomou como ordem não mais usar o local como sistema descartável. Sua existência, por bem, era para ser desconhecida.

Centenas de anos se passaram desde a última lei de Zarg. Apesar do planeta ser uma gigantesca esfera, apenas um rei dominava. Este, soube por meio de seus conselheiros, que a Terra sofria uma lenta, porém gradativa destruição. Que duas guerras de proporções mundiais devastaram milhares de quilômetros e a atmosfera antiga quase não existia mais. Os seus atuais habitantes poluíam e desmatavam não se importando com as conseqüências.

Zargônitus VI, o rei dos Zarguenianos, mesmo depois de tanto tempo sem interação, optou por estudar o comportamento humano. Enviou seu conselheiro mais fiel para comandar a tropa na viajem. Partiram. Seguiram muitos anos luz em direção ao planeta Terra. Sua nave era imensa e pontuda na frente. Não há nada com que se compare, pois seu formato não era uniforme e nem bilateral. Inteiramente preta, não continha janelas, não de forma normal. Diversos cilindros ocos preenchiam a sua lateral. Não possuía asas e seu vôo era mais silencioso que o próprio vento, além de ser equipada com um ante rastreador.

De acordo com sua pesquisa, era preciso pousar em um lugar reservado de pessoas, onde nenhum humano pudesse encontrá-los. Os Zarguenianos usavam uma armadura de caráter medieval, não sentiam frio e nada de nenhum outro veículo de transporte era preciso ser usado, pois com um toque de comando, toda tropa partiu a uma velocidade inacreditável. Sem reduzir nem quanto o chão de gelo virou água.

Seu objetivo era capturar dois humanos. Um recém nascido e uma mulher. O primeiro seria levado e estudado até sua fase adulta, sendo substituído por um zargueniado transformado. O tempo relativo entre o planeta Zarg e a Terra era de 30 para um, ou seja, em horas, um dia na Terra são 24 enquanto que em Zarg são 720 horas. Foi um problema para os novos seres se acostumarem. Na opinião deles, isto encurtava a vida dos humanos, já que os tornavam adversários do tempo. A segunda doaria seu ventre para um híbrido.

- Isto é necessário, mestre Zorak? – disse um dos zarguenianos em sua língua nativa.

- Não seria – respondeu o conselheiro – se não fosse o curioso carinho do rei para com estes seres primitivos. Pois bem, já devem ter notado a imensa diferença de gravidade.

E falando isso, Zorak olhou para cima se concentrando no que queria fazer, então levitou. Sendo seguido pelos outros um tempo depois. Voaram o resto do caminho até o estado de Connecticut. “Acionem o aparelho de invisibilidade”, disse Zorak. Sem serem notados por ninguém, os invasores observavam toda a diferença de sua vista, para o holograma da mesma terra séculos antes. Nada mais de verde, apenas paredes muito altas de alguma massa sólida.

- Logo este mundo será coberto pela sombra. Apenas esperamos...

Quanto soou meia noite, esperando no topo de um alto edifício, eles viram a oportunidade perfeita para a primeira captura. Uma belíssima jovem, vestida de vermelho passava em uma rua solitária. Os 9 zarguenianos voaram novamente ficando logo em cima da garota e apontaram suas mãos na direção dela. Não como uma luz, mas um espaço mais claro em forma de cilindro desceu até a humana, envolvendo-a e por conseguinte deixando-a inconsciente. O espaço brilho e no momento seguinte a jovem havia sumido.

- A primeira já é nossa.

- Localizar segundo alvo.

Um holograma foi projetado no vazio mostrando um luxuoso hospital. Apagou-se, voltando com uma nova imagem. Dez pontos piscavam nela: Nove mostrava a sua localização e o isolado a do bebê. Sem demora prosseguiram com a missão.

Agora oito zarguenianos, um pequeno e uma jovem terráquea partiam em direção à Zarg.

Zargônitus ansiava sua chegada. Todos os preparativos já haviam sido feitos. Para a criança, foi feito uma enorme meia esfera. Ela possibilitava a imitação holográfica de toda a vida de sua cópia. Dentro da esfera, o bebê era ligado à um equipamento neural que indicaria todas as suas ações, sendo o conteúdo passado para o zargueniano transformado, para que ele as copiasse de forma perfeita. Assim, era possível o estudo.

A jovem foi presenteada com um filho híbrido das duas raças. Obviamente, a concepção não era de forma comum. Ele nascia em uma incubadora. Logo ela foi liberada para seu planeta, levando consigo uma memória modificada (para explicar seu desaparecimento).

O bebê crescera com o nome de George W. Bush. Suas medidas abusivas e devastadoras como um tipo de líder de uma terra poderosa, abominava o rei de Zarg. Seu sentimento pelos seres humanos apareceu logo ao nascimento de um filho do planeta chamado Jesus. O prazer de compartilhar o mesmo planeta com G.W. Bush havia a muito terminado. Sua outra experiência com a criança híbrida, já com idade para manobrar um Zargonóide (veículo de transporte de Zarg), fazia muitas experiências no sentido de dominação deles sobre sua própria natureza. Isso deixava, não somente Zargônitus, mas todos os que o observavam furiosos.

Ao fim de uma reunião, o mestre dos conselheiros e sacerdotes, Zorak, levantou-se decretando as novas ordens do rei.

- Declaro, por novo bem, que o humano, conhecido como George W. Bush, deverá voltar ao seu planeta natal para que continue sua vida material.

- Item último. – continuou – Declaro que Zargônicatus, filho do rei Zargônitus VI, será levado para prisão principal de Zarg, por enganar agentes do nosso governo no propósito de destruir nossas fontes naturais.

Com sua enorme caixa craniana baixa, Zargonitus diz em um voz muito triste:

- Zatupitorus Zatimanós Zakul! (Eles não passaram no teste!) – E com lágrinas escorrendo dos grandes olhos azuis, eles aciona um botão redondo existente na mesa de debates.

Um raio de comprimento de largura extremamente assustador atinge a Terra. Todo seu volume de água congelada derrete instantaneamente. A atmosfera muda e ondas de um terrível frio se espalham pelo planeta.

A nova era do gelo devasta toda a população humana.

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Fontes afirmam que é verdadeiramente um mito, o fato do cérebro apenas ser usado 10%: "MENTIRA; Usamos 100% do nosso cérebro".

Por Luciana Löff e Roberto Morel