PEDRA DE ARROZ

[O sol da manhã caia sobre meu rosto naquelas manhãs, na expectativa do incrível, do sobrenatural. Queria ser feliz, encontrá-la, mas nem sabia quem era ela. Talvez tenha passado por mim e não a percebi. Mas todas as manhãs me pus ali, naquela pedra, pedra de Arroz, de esquina, sobre ela a me esticar, observando quem estava lá adiante. Será que era a felicidade ou a alegria? À vezes nenhuma delas apareciam lá distante, em Jorge, que se foi, nas suas lambretinhas. Quando eu era menino, no corpo, subia na pedra em busca de felicidade. Ali entrava em transe, nos sonhos de criança para fugir da realidade crua e dolorosa, amenizada por aquele sol da manhã. Que sol!!!] MAGNO HOLANDA