UM GRANDE REDATOR DE TEXTOS.

No dia em que se vai um grande redator de textos é preciso valorizar os bons textos. Boechat, como ele mesmo dizia, tinha em sua veia o motor da produção de textos, e os ensinou a muitos.

Cada um elabora o que está ao seu alcance. A comunicação entre os seres é importante. Recebi faz pouco tempo texto anônimo que apaguei. Corrobora diagnóstico da experiência sobre quem possa avaliar textos, afastada qualquer censura.

Sem que seja nenhum Umberto Eco, imagina, mas antes do grande semiólogo qualificar grande porção da internet como imbecil, eu já acreditava que a irresponsabilidade e o achismo invadiam a internet.

Isso não compromete a realidade, reforça-a. Todos se acham comunicadores. Cada um acha o que quer e tem suas responsabilidades pessoais.

Estou sempre aberto à crítica, recebo-a com serenidade,com ela aprendo e agradeço; o que seria a construção do pensamento se não fosse o processo crítico onde Kant é o paradigma. Sempre se aprende algo, como o “não fazer isso ou aquilo” que é feito, e “como não se conduzir”. A vida é escola, comunicabilidade seu veículo.

“Textos grandes d+ na internet, não cola, é chato! Se eu quiser ler um livro não vou para o computador. Tem gente que não ver o senso do idículo.kkkkk...” Esse o texto engraçado que recebi anonimamente.

É o conteúdo que transita na internet, egresso do despreparo, da insciência dos que nunca tiveram intimidade com bancos escolares nem com livros, escritores de cópias e almanaques se muito, com origens que se compreende.

Sem identidade o comunicador, não há como considerar com amplitude.

A mensagem, achei ótima, por isso a exponho como explicativa da internet e suas mazelas, como já frisei, ratificando anterior artigo meu que fala de livro, de cultura da internet e suas limitações e do “internautiquês”, como disse então, valha o neologismo.

Trouxe, portanto, para deixar “`a evidência” o que venho neste pequeno-grande espaço afirmando e “provando”; trabalho com lógica, denominador comum de todas as atividades e dos pretórios, e com provas, consequentemente.

A internet em poucos espaços ilustra e dá instrução; é mera distração como indicou Lacan. Seus frequentadores não gostam de livros, afirma Lacan, não eu, na real acepção, mas da imagem que proporciona a internet e a troca de superficialidades.

Se o comentário vem de alguém que não me aprecia e se esconde no anonimato, mais me conforta. Feri alguns brios, será? Me perdoem, se assim entenderam. Pode ter acontecido e o óbvio não me escapa, credito-o por indução a uma androginia de vontades indefinidas, momentânea e necessária, caricata então, como personalidades de muitos que frequentam a internet, mostrando o texto a violenta agressão ao idioma, o que é usual, daí a falta de vontade de ler textos maiores.

Digamos que a internet, desse passo, serve aos incultos somente em imagem como já disse, que escrevem “textos grandes .... não cola”, esquecendo, ou melhor, não sabendo, que a língua tem gênero, número e grau.

Quem lê livro verdadeiro, assim não escreve. É como a famosa repetência dos colégios que a imagem da internet, lúdica, não supre, a disfuncionalidade de apreensão de textos, o analfabeto funcional. E repetem muito seus achismos e o que já escreveram antes.É o sinal que traz o ser humano do parto e seus traços, e do avitismo, só é indelével para os enfermos da vontade ou da razão.

Sempre é tempo de refletir nos tropeços que levam ao vexame.

Afastar a ‘ARROGÂNCIA DA INCULTURA” deveria ser a mínima meta para os que pensam que escrever é lançar qualquer coisa que qualquer um pode ler, do mesmo nível de insuficiência, sem nada aproveitar como ensino. Quem quiser escrever para proveito didático deve estudar gramática básica e redação para não passar solecismos que diminuem a linguística simples.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 12/02/2019
Reeditado em 12/02/2019
Código do texto: T6573246
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.