Basta apenas viver

As pessoas que me acompanham permitem que eu me perceba como um ser necessário à vida.

Ainda que não possua o sangue azul, a conta bancária dos xeiques árabes, o padrão excludente de beleza física, os atributos para ser conceituada “acima”, “além” ou qualquer outra ferramenta gramatical que indique superioridade, a minha vida é necessária.

Exigir demais de si mesmo confere um desgaste de energia que antagoniza o real sentido da existência: conhecer-se a si mesmo e promover os ajustes necessários segundo a própria intuição – não há manuais, sejam quais forem os gênios criadores que nos sirvam como guias, mais do que a nossa própria capacidade de efetuar as mudanças que nosso espírito anseia.

Não há protagonismo real em relação à vida, como alguns, às vezes, insistem em sustentar ou como costuma parecer. Somos todos iguais.

Ainda que pareça que só se é realmente importante quando se tem o poder de mobilizar um sem-número de pessoas para, ao redor de seu túmulo, nem sequer se perguntarem por quais razões ali se encontram, somos todos necessários...

É preciso que entendamos que, nesta existência, não será possível colorir a vida como fazíamos quando crianças numa folha de papel.

Mas podemos e devemos ser mais do que a bolha sistêmica nos ensina a acreditar que somos.

Quando efetuamos melhorias em nosso campo energético, fazemos com que as indagações sobre o sentido da vida não sejam mais consideradas.

Basta apenas viver, reclamando, julgando a providência divina, os seres viventes, os não viventes...

Basta apenas viver, sorrindo com coisas fúteis, criando ou fazendo coisas novas, redescobrindo a si mesmo, sonhando...

Basta apenas viver, respeitando a si mesmo e aos outros...

Todo o resto que constitui a vida é abençoado pela energia vital universal.

Mari Pinho
Enviado por Mari Pinho em 21/02/2019
Reeditado em 27/05/2019
Código do texto: T6580514
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