QUAL É A SUA IDADE?!

Como definir a “juventude”, senão pelo prisma de quem já sentiu o seu gostinho?! Para facilitar o entendimento convém entender que nossa existência é marcada por duas etapas mais do que radicais: o nascimento e... tirando uma onda, o morrimento. Cada uma das espécies do planeta têm um tempo médio de vida, que pode ser maior ou menor. O homem é sabidamente o mais longevo, correto?

Nã, nã, nã. Há em nosso planeta seres que vivem até mais do que Matusalém, citado em textos bíblicos e notabilizado pelos seus 969 aninhos de vida. Imaginem a despesa com velinhas para o bolo desse tiozão? Dito isto, apresento os seguintes dados: os insetos vivem poucos dias, os camundongos; não mais do que quatro anos.

Os jacarés, também conhecidos como dinossauros modernos, vivem cerca de 80 anos. Nós, mamíferos bípedes, 120 anos e o campeão, ou melhor, campeã, denominada “Esponja de Vidro”, típica das águas polares, looongos 6000 anos, bem distante do conceito que temos de juventude.

No plano das fases, entre nós, a coisa funciona assim: infância, adolescência, fase adulta e velhice. Do nascimento até os 11 anos temos a infância, dos 12 aos 20 a adolescência, dos 20 aos 60 a fase adulta e dos sessenta em diante a melhor idade. Melhor idade para quem? Para a indústria farmacêutica, é claro!

Quando eu tinha 15 anos, sonhava romper os 18, para poder assistir a filmes “proibidos para menores”, uma grande bobagem, se compararmos ao momento atual, visto que a internet exibe os “proibidos para menores”, “proibidos para maiores” e até os “proibidos para ninguém”.

No plano dos sufixos aponto aqui uma curiosidade comum a todas as fases da vida. Os “INTE”, os “INTA”, os “ENTA” e no bico do corvo os “ENTO”. Parafraseando Chaves sacaneando Seu Madruga, “...Mas não se irrite!”, pois já vou explicar essa bagaça toda. Saindo dos dezenove anos entramos nos “vINTE”.

Vencidos os vinte e nove entramos nos “trINTA”, rompidos os trinta e nove, debutamos nos “quarENTA”. Finados os cem, capotamos nos “cENTO”... qualquer coisa assim. Dá pra notar que a cada ano fica mais difícil apagar um bolo de aniversário, não acha?! O risco de cair a dentadura sobre um bolo é grande.

Mas como disse no início, para avaliar a juventude, somente pela visão dos mais velhos, ou “experientes”, usando um eufemismo. É na juventude que ocorre uma reviravolta em tudo, você literalmente vira a mesa, mais que isso, dá um capote e vira junto com ela. É um tal de crescer isso, aquilo, e principalmente aquilo.

A incidência de hormônios nos garotos e garotas é medida em galões. Na infância brincávamos de pega-pega. Na juventude pegamos quem não pegávamos no pega-pega. Uma beleza.

E a brincadeira fica ainda mais interessante na fase dos pelos. Na juventude, nota-se o crescimento dos pelos nas partes baixas e na maturidade... o encolhimento nas partes baixas, oxalá fossem dos pelos. Na juventude a moçada entra na faculdade. Na maturidade entra-se numa dificuldade!!! Dizem que na fase adulta o jovem monta sua carreira e busca a independência financeira.

Hoje, noto que isso tudo é uma grande mentira, estou na maturidade e dependo financeiramente cada vez mais do cheque especial. Uma merda. Acho que vou parar por aqui. Estou ficando deprimido. Será que é alguma fase nova?