Fantasia na terra da esperança

Numa época muito distante, o brasileiro voltou a sorrir. Tinha o poder da decisão. Uma arma nas mãos: chamada voto. Os anos passaram. A arma voltou-se contra ele. Depois disso, muitas lágrimas foram derramadas. O brasileiro não mais sorriu.

A esperança venceu o medo. Novamente o sorriso. Acreditaram no sonho. Na mudança. No desenvolvimento. O fim da corrupção.

Novamente os anos se passaram. A lama começou a emergir. Da vitória da esperança sobre o medo, vimos o medo ressurgir. Hoje, o cidadão fica trancafiado. Homens armados estão nas ruas. Sair de casa tornou-se uma aventura, de muitos fins trágicos.

Na estrada da vida, o brasileiro é tratado como marginal. Já não é respeitado. Sua conquista está esquecida. E seus sonhos, cada vez mais distantes. Hoje, o brasileiro está desolado.

De avião, carro, ônibus, já não dá para andar. O caos aéreo mata, fere, e deixa filhos órfãos e parente em lágrimas.

Na estrada da vida, o Brasil tornou-se vilão. Menos em Brasília. Lá a Lei é outra. O cidadão não pode nem mais assistir, as decisões do Senado Federal ao vivo. O destino de um corrupto é trancado. Estamos vendo Ali Babá e os 40 ladrões.

Que Brasil é esse? Ao cidadão não é permitido errar. Aos políticos, até roubar.

É. Essa país mudou. Agora, é relaxa e goza. É deixar o top top dominar.

Enquanto isso, muitos brasis se formam e em cada um, o brasileiro não consegue olhar.

Mas olhar pra quê?

Hoje, a fantasia é sonhar....

Sonhar com um presidente, que saiba o que acontece no seu país. Ou melhor, em seu gabinete, no seu alto escalão. E principalmente, saber o que faz quem o cerca.

Hoje, o que vemos é quem não viu nada, de nada sabe. Mas que foge, na hora de agir. Enquanto, sua saída é estratégica, pra não baixar sua imagem popular, por trás ele manda agir, e assim, absolver, aquele que não tem vergonha de lá está.