O QUE COUBE FOI UMA ROSA (BVIW)
 
Hoje tirei o dia pra pensar… Sentei na pedra, coloquei a mão no queixo  e dei asas às recordações... E logo me veio à lembrança do meu primeiro amor... Como foi bonito, tão intenso que costumava dizer pras amiguinhas, que o meu amor com o Gustavo , de tão intenso que era não cabia em um romance de   M Delly . O tempo passou, eu  “cresci “, o Gustavo  “cresceu “,alcançamos a adolescência, o bolero estava em voga, até tentamos alguns passinhos ao som da voz de Elis Regina...São dois pra lá, dois pra cá... Ai, um certo dia,  Gustavo me presenteou com uma rosa vermelha e me disse adeus. Não houve reação de minha parte, lembro que peguei a rosa e coloquei dentro do último livro de M. Delly, que estava lendo: “Um Sonho Que Viveu”. Semana passada minha neta Maria Clara entrou na biblioteca a procura de um livro para ler, depois de foliar uma porção deles retirou da prateleira  justamente, Um Sonho Que Viveu, quando ela abriu,  disse: Olha vó  o que tem dentro do livro: “uma rosa desmanchada”. Disse pra ela: pois é,  Maria Clara, quando eu era mais ou menos da sua idade vivi um amor tão intenso, que costumava dizer  pras amiguinhas, que não cabia dentro de um romance, mas pelo jeito o que coube foi uma rosa...

              
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 27/02/2019
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