A cegueira social do fanatismo

Desde os primórdios, atestado pela história do país varonil, desponta jubiloso o oportunismo histórico-social.
Num Brasil "descoberto" (posto nu, à deriva) quem avistou, gritou primeiro. E quem assentava, era intruso. Começava assim, a saga entre portugueses e índios, entre o poder e o dinheiro, entre a vida e a morte. Os índios, bem lembrados por aqui, vivem de favor até hoje e dão vida a um conto de fadas (sem final feliz).
E por falar em favor, em tempo, ele aprisiona também essa geração de (desu) humanos.
A entrega à paixões, de qualquer gênero, torna o apaixonado um alvo fácil de ser atingido, já que, pela exposição, se torna vulnerável aos ataques das mais diversas direções. E o pior, sequer dá conta disso, como resultado de uma cegueira institucionalizada, registrada e carimbada pelo "não quero ver" até que me atinja.
E assim, descobriu-se o que já era achado, e patenteou-se o inusitado: não se enxerga de cima um umbigo, se a barriga estiver cheia (nos dois sentidos).
E então, nesse país corrupção, onde os interesses individuais sobrepõem os coletivos, vai se esperar o que de siglas, recheadas dessas paixões? Nada! O tempo de revelação pelo poder acabou!
O ideal seria devolver o país aos índios, mas infelizmente, eles já participam dos rituais de apadrinhamento e estão agradecidos.
Em terra de cego, quem tem olho é... Submetido a cirurgia para não ser diferente, por bem ou por mal. Ou se morre por enxergar ou se cega para viver.
É isso que tenho visto: um monte de morto, vivo. E uma porção de vivos, mortos... E haja cemitério pra tantos restos! Carniça!
Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 18/03/2019
Reeditado em 16/05/2019
Código do texto: T6600636
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