Doce Infância
 
Disperso na madrugada, reminiscências vem em minha mente e começo a visitar a minha infância. Apesar das dificuldades enfrentadas na época, a nostalgia invade o meu peito, posso dizer com certeza que foram tempos de muita alegria. Parece que fiz tudo errado, outrora criança; queria ser adulto, e agora adulto; quero ser criança.
Na infância podemos dar o luxo de viver de forma irresponsável, ou seja; sem o fardo das preocupações, da tensão que é peculiar na vida de um adulto. Era uma vida cheia de prazer, de diversão, de curiosidade, e as brincadeiras cada uma, mais divertida que a outra, lembro de quase todas.
Ah que saudade do jogo de derrubar latas. Como eu amava participar das peladinhas que tinham na rua F. Quando minhas primas estavam lá em casa, eu adorava brincar de passar o anel. Lembro até de um refrãozinho: “Quem te tira, meu bem”. E os carrinhos de lata, eu mesmo era o construtor, tempos saudáveis que não voltam mais.
O que dizer também de descer os barrancos para pegar maracujá, dos jogos de queimada, vôlei, peteca e tantas outras brincadeiras. Naquele tempo eu tinha uma única preocupação que era viver, pois afinal de contas um vasto leque se abria diante de mim, memória e HD estavam zerados, cabendo a mim preenchê-los e foi isso que procurei fazer.
Costumo dizer que naquele tempo eu era feliz e não sabia, contudo foi necessário que eu alcançasse a maturidade para poder enxergar essa verdade.
Em certos momentos, encaro a vida como se fosse um funil, de forma que na infância temos uma vastidão de oportunidades e experiências, todavia fiquemos atentos, que com o passar do tempo, elas vão se afunilando.
Sendo assim, sejamos sábios nas nossas escolhas, para quando chegar o porvir, não venhamos arrepender das oportunidades perdidas, ficando em nossas mentes apenas a doce nostalgia.
 
 
 

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 18/03/2019
Reeditado em 18/03/2019
Código do texto: T6601088
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