Não dê Ouvidos.
Se você os der, ficará sem ou com apenas partes de ouvidos, e, consequentemente, ficará sequelado. Dar ouvidos é o mesmo que se desalmar, se tornar sugestionável e suscetível àqueles a quem você os oferece. Ouça sim, saiba ouvir, obviamente, com respeito todas as vertentes e opiniões, mas não se entregue abertamente de primeira, não vá abrindo as porteiras do canal auditivo, do ouvido médio ou cavidade timpânica, a bigorna, o martelo e o estribo. O ouvido interno, onde se concentram o estribo, o nervo auditivo e o caracol, este também conhecido por cóclea, é de sua propriedade exclusiva! A senha de entrada é intransmissível, a não ser que haja o consentimento, seja natural ou forçado.
Absorva a questão e a capte em seus pensamentos, formando-os de plano, ao invés de se deitar e se deixar tomar por inteiro por opiniões e comentários que na maioria das vezes podem ser maldosos, inventivos ou maliciosos. Ouça primeiro sua alma e seu coração, eis o x da questão, mas jamais se esqueça da senhora razão. No final das contas será somente ela a te dar a mão.
O mal alheio em mentes ruins é diversão. Desta forma, dar ou mesmo emprestar seus ouvidos a alguns perdidos pode te arruinar ou te levar à perdição em poucos dias. A vida é cheia de nuances, e detalhes mínimos podem destruir todo seu projeto em um lapso. Se atente! Esteja alerta!
Veja bem, não pretendo aqui transmitir a ideia de que devemos nos desconfiar do Mundo ou do padeiro da esquina, ou mesmo estou propondo que se torne um monge tibetano; não pretendo passar informações apologéticas sobre o misantropismo, que seja antissocial e todas essas manifestações de repúdio ao outro ou a todas as pessoas de um modo geral! Estou do lado do bem! O que tento dizer é que cada qual tem seus próprios ouvidos, isto e, como reza o velho dito popular: “ouvido não é penico!”.
Assim, meu amigo, ao se deparar por aí com possíveis alugadores ou compradores, ou mesmo financiadores de ouvidos, não se esqueça da usar a película protetora.