COMO SE COMEÇA UMA HISTÓRIA?

Ouvi esta frase do famoso cineasta Oswaldo Montenegro em um de seus filmes onde ele participa com narrativas entre um acontecimento e outro na história de suas personagens e fiquei com isto na mente.

Como?

Para partir do princípio, teríamos que imaginar um início, seja ele qual for.

Se for romance, logo pensamos no encontro de duas pessoas, pensamos em troca de olhares, juras secretas, encontros fervorosos, flores, vinhos, poemas, presente surpresa, viagens a dois, luzes de vela, chamegos, casamento de contos de fadas, construção de um lar, filhos, animais de estimação...

E quando nos damos conta o sonho do conto se torna a realidade humana.

Casa pra limpar, contas do casamento para pagar, boletos dos móveis, boleto do carro, prestação da casa, falta de dinheiro pra sair, o vinho agora é suco de uva, não há mais privacidade, as viagens se resumem a pequenos passeios na praça mesmo.

E tudo que era imperceptível se torna um monstro dentro de quatro paredes.

Ele ronca, ela baba quando dorme, ele limpa o nariz na frente dela, ela come de boca aberta, ele senta de pernas abertas, ela palita os dentes ainda à mesa, ele não guarda suas roupas no lugar, ela tem mania de arrumação, ele quer sair sozinho e ela diz não.

E tudo o que antes encantava se perde como fumaça no ar, gentilezas se tornam grosserias, elogios se tornam criticas, opiniões se tornam argumentação e na “montanha russa” de sentimentos eles acabam se perdendo um do outro e não sabem mais como se encontrar, ou melhor, se reencontrar. E é onde tudo começa a “descomeçar”.

E de início podemos passar a pensar em fim, em como começa um fim.

Aí meu amigo, minha amiga, o alicerce pode abalar se o sentimento não for verdadeiro e forte o suficiente para superar novos encontros de pessoas já conhecidas, mas me fica uma pergunta;

Qual o sentimento que começa uma história?

Amor? Paixão? Atração? Bondade? Amizade? Solidão?

Talvez todos juntos num mesmo coração e nessa junção imparcial não se pode perder o encanto do primeiro encontro, só que neste ponto da convivência sabendo que somos humanos e diferentes com suas individualidades.

E o principal é saber a “cereja do bolo”, sim, o amor é o que enfeita qualquer relação e este quando verdadeiro é sim capaz de superar – tudo.

Roberta Krev
Enviado por Roberta Krev em 04/04/2019
Código do texto: T6615103
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.