Ainda dá tempo.

Ah! O tempo. Passamos a metade da vida numa insana correria contra o dito para ver se dá tempo de cumprir a agenda do dia, da semana, do mês. Ja não agendamos atividade, agendamos tempo. E aí, vem a insonia e o estresse. a insania e outras pequenas ou grandes mazelas. E qual é o resultado? Ter que arranjar um tempinho na agenda para o analista, o psiquiatra e os correspondentes efeitos colaterais, como: perda de tempo procurando vaga no estacionamento do consultório que, provavelmente está superlolado de gente com o mesmo problema. Calma, leitor, porque tem mais. É, tem mais. O analista vai recomendar que você arranje tempo para uma caminhada na orla, por, no mínimo uma meia hora. E você pensa. "Que meleca. Nessa meia hora eu poderia resolver um monte de coisas". E enquanto o analista não para de falar em atividades relaxantes, você não para de pensar em como matar esse cara que está roubando o seu tempo. É um círculo vicioso e perigoso. Não quero colocar lenha na fogueira, mas, imagina se você vicia no seu analista? Cadê tempo para um romance e um cinema? É um baita contratempo. Eu sou agoniado com hora, que é quem controla o tempo. Se, por exemplo, tenho uma consulta médica, chego ao consultório duas horas antes da minha hora. É pura estratégia. Geralmente um ou mais desesperados se atrasam e eu acabo sendo atendido antes do tempo previsto. Qual o resultado? Ganho tempo para uma água de coco na orla, para um papo descontraído e rápido com o quiosqueiro. E rapidamente saio a procurar por uma fila. Sim, uma fila. Não tem lugar melhor para se encontrar assunto para postar aqui no RL. Tchau. Não tenho tempo a perder.