O Engraçadinho

Em turma de escola, sempre tem um engraçadinho que curte com os colegas de sala e até com os Professores.

Paulinho, era um deles, exibido até no jeito de andar e um excelente gozador e gostava de zoar, dentro e fora da escola.

Era um rapaz, boa pinta, que destruía o coração das meninas, quando se apaixonavam por ele.

Paulinho, era tão atentado, que tirava o tubinho de tinta da caneta e com o canudinho, jogava bolinhas de papel na cabeça dos colegas.

Ele usava um espelhinho, para ver as pernas e as calcinhas das meninas, despercebidas. Era o colega que mais colava, durante as provas. Mas, vez em quando, o Professor Angelino Milazzo (in memorian), colocava ele de castigo, obrigando-o a escrever o Hino Nacional Brasileiro, cinquenta vezes.

Um aventura perigosa, fora de aula:

Certo final de semana, num determinado mês, na década de 70, saimos de Pires do Rio e fomos eu, o Paulinho e outro amigo para uma festa em Orizona, Goiás.

A cidade tinha muitas garotas lindas e algumas, de famílias tradicionais, como os Marçal. No Clube, entrava qualquer um, que pagasse o ingresso. Tinha um globo giratório, cheio de luzes coloridas, piscando, no meio da pista de dança e as músicas eram românticas Italianas e Francesas e a bebida preferida dos jovens, na época era a Cuba libre (Ron com Coca-Cola), Martine e Campare.

A gente dançava, coladinho, com as garotas.

Paulinho, se engraçou por uma garota já comprometida. Aproximou dela, enquanto o namorado, estava no banheiro. Ela recusou o galã.

Aí veio confusão...

O rapaz chega, fica discutindo com a garota, enquanto o Paulinho, já tonto, sobe em cima de uma cadeira, depois sobe na mesa e grita bem alto:

Aqui não tem homem!!!... Apontando o dedo para o rapaz, que tava com a garota. KKK, rs

Nesse momento, o rapaz e dois amigos, derrubam a mesa e o Paulinho no chão. Coitado, apanhou feio.

Entrei na briga e apanhei também. Daí, tivemos que sair do Clube e da Cidade às pressas. Foi sinistro.

O Paulinho era tão custoso, que apelidou as vacas e os bois do seu pai, com o nome dos colegas da sala de aula. Imagina...

Tinha o Boi Jaime. Boi Cantarele. Vaca Divina. Vaca Andreia e assim por diante.

Há quase trinta anos, não vejo esse ex-colega de sala, que deve tar aprontando até hoje. Tempo bom...

Jaime Teodoro
Enviado por Jaime Teodoro em 11/04/2019
Reeditado em 12/04/2019
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