COMO SER AMADO
Como precisa ser uma pessoa para ser amada? Ou na pergunta também caberia, quanto precisa ter uma pessoa para ser amada?
O amor hoje em dia é despertado por diversos motivos.
Não basta mais apenas ter integridade, ser fiel, bondoso, companheiro, cúmplice, ter beleza física e interior. Ser inteligente e compreensivo já está ultrapassado.
Hoje o que faz surgir sentimentos avassaladores não são aquelas juras e sussurros “ao pé do ouvido”, muito menos o pudor dos cavalheiros e das damas.
Não se ama as cartas que podem demorar uma semana, ou mais, para chegar, não se ama as rimas inocentes feitas para os olhares e para os lábios, não, não se ama!
Quer ser amado mesmo, fale da sua conta bancária, mostre os restaurantes e hotéis que frequenta, pose em carros, motos, aviões, iates, poste fotos das viagens, principalmente as internacionais, tenhas muitos likes e vídeos no Youtube.
Sabe aquelas marcas de roupas e calçados famosíssimas e caras, pois bem, traga-as estampadas em tudo que usar, até mesmo sobre a própria pele.
Tenha uma plateia, isso é fundamental, quanto mais pessoas te virem e te acompanharem maiores serão suas chances para o amor. Se quiser um sentimento mais fervoroso como a paixão, mescle situações vergonhosas seguidas de situações plausíveis – essa receita é infalível.
Se você conseguir seguir essas regrinhas considere-se um ser amado, com milhões de corações apaixonados à sua escolha. Mas não cobre veracidade, aceitação e muito menos permanência. Amores assim são passageiros, quando as luzes se apagarem ou simplesmente diminuírem a chama deste amor também se esvai.
E você ficará apenas com você e seu coração solitário, sem entender como pode alguém tão bacana estar sozinho. E de repente, por sorte quem sabe, você se dará conta que para atrair o amor verdadeiro é preciso muito pouco, nem precisa de internet, dinheiro, fama, poder, bens e grandes luxos.
Precisa apenas de você mesmo e de alguém que enxergue toda beleza e feiura que há dentro e fora de qualquer ser humano existente nesta Terra e juntos possam aprender e ensinar, debater e aceitar, querer e abnegar. E se tornem pessoas que descubram que a arte de conviver está na própria convivência e muitas vezes na insistência desta proeza que junto ao respeito mútuo leva a longevidade do espírito e do sentimento.