As decepções vêm sempre de onde menos esperamos

Outro dia li essa frase “ As decepções vêm sempre de onde menos esperamos” e fiquei a pensar que não podia ser diferente, não?

Esperamos demais das pessoas, acho que está aí o início de um erro que nos levará com grande probabilidade às decepções.

Queremos sempre que as pessoas sejam como nós gostaríamos que elas fossem, e principalmente que elas façam como nós achamos que devem ser feitos. Esse ato de “esperar” e querer que seja assim nos fazem sim, decepcionarmos. Esperamos de mais dos amigos, das pessoas de casa, do amor, do emprego, de tudo...

E paremos pra pensar que só nos causa qualquer reação, seja boa ou ruim alguém que nós mesmos dispensamos algum interesse, algum sentimento, algum valor.

A indiferença não nos causa decepções profundas, no máximo uma chateação que como diz a minha mãe “ a raiva saiu no xixi”

Ninguém se decepciona com alguém que não tem algum contato e o grau desse envolvimento é algo que conta e muito na hora de medir o tamanho das decepções.

Eu gostaria tanto de às vezes ser indiferente, talvez essa fosse uma vacina contra as decepções. Mas como ser assim? Se somos feitos de muitas coisas que não combinam com essa palavra, indiferente, que quer dizer alheio, neutro, e a própria etimologia da palavra in negação...não há como não decepcionar.

Mas não é bom esquecer que o mundo não gira só em torno do nosso umbigo e que ninguém é obrigado a ficar paparicando as pessoas só por que elas querem que sejam assim ( e abusam em algumas vezes) o que já é falta de respeito. E que muitas das “decepções” acontecem com o nosso consentimento.

llelle Martins

llelle Martins
Enviado por llelle Martins em 22/09/2007
Reeditado em 22/09/2007
Código do texto: T663274
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