UMA HISTÓRIA DE ARREPIAR OS CABELOS
Ouvi de uma médica essa história bem curiosa.
Ela contou que, por conta da relação com a mãe, se tornou narcisista vulnerável, doença mental como a depressão, esquizofrenia,TOC.
A patologia foi resultado do comportamento de sua mãe com a filha, anos a fio, desde a infância.
Ela só conseguiu alívio emocional quando seguiu a orientação do terapeuta: romper definitivamente os laços maternos.
E assim se fez.
Fiquei chocado com essa posição tão radical do psicólogo.
Como pode um profissional como ele induzir uma filha a não ter mais nenhum contato com sua mãe?
Levei minha indignação pra minha terapia e relatei essa situação de arrepiar os cabelos.
Pra minha enorme surpresa, a psicóloga argumentou que, em alguns casos, não há outro jeito mesmo.
Ou a pessoa enterra literalmente a mãe ou a "enterra" emocionalmente, rompendo vínculos físicos, emocionais e sentimentais, por mais difícil e cruel que possa ser.
Só assim terá paz, tranquilidade e sanidade pra ser feliz, construindo relações saudáveis, equilibradas e duradouras em todos os sentidos.
Só assim sua vida dará certo.
De outra forma, os reflexos daquele vínculo maléfico e doentio atrapalharão tudo o que desejar, pensar, construir. Tudo mesmo.
Sua infelicidade, frustração e fracassos serão vitalícios enquanto não cortar definitivamente o cordão umbilical que une à mulher que a gerou.
Perdi minha mãe em 2/1/19.
Tivemos uma história legal, mas recheada de momentos nada legais, que me fizeram mal danado.
Hoje estou bem feliz, tranquilo, me relacionando muito bem com a esposa e filhos, durmo bem, como bem, caminho todos os dias, estou focado, organizado, consigo planejar minhas coisas e cumprir metas, faço planos legais pro futuro, intestino funciona bem, o trabalho vai de vento em popa e tudo no entorno está equilibrado, tranquilo, fluindo na paz.
Nunca vivenciei um cenário assim antes, nesses 61 anos de vida.