Menino do ponto...
Essa semana me aconteceu uma coisa curiosa e me fez repensar...
Sempre passo pelo mesmo caminho pra vir pro trabalho. E sempre encontro um garotinho de uns dez anos, não mais que isso, a espera do ônibus para a escola. Ele sempre me olhava com os olhos brilhantes mas nunca dizia nada!
E eu tão preocupada com a minha vida e o meu próprio umbigo, com o dia que me espera exasperante mais a frente que nem pensei que como uma mulher, poderia ter quebrado essa barreira e ter dispensado a ele desde o princípio um olá, em bom tom e já teria visto aquilo sorriso lindo e verdadeiro pra mim.
Mas ele foi mais esperto e mais feliz. Quebrou essa barreira e me disse um -“Oi”- com uma satisfação que parecia me conhecer a tempos. Fiquei com vergonha! Nunca imaginei que ficaria sem graça, que perderia o rebolado com uma criança.
Pois bem agora sempre nos encontramos pelo caminho e é um prazer receber o “oi” dele e devolver um ao outro como quem estivesse fazendo o melhor bem para eu mesma.
Agora é minha vez de quebrar a barreira invisível da pressa e perguntar o seu nome....