O sabor do pecado

Tem comentários que, por simples e direto passam batido e acabamos perdendo um boa reflexão. Em compensação, comentários igualmente simples e diretos ressoam como um sino de igreja em cidade pequena, chamando os cidadãos à reflexão. E foi assim o comentário de Lilla Wood ao meu texto. "Coerência" Disse ela que: coerência e bondade não são inerentes ao ser humano, que é necessário exercitar. Tem toda a lógica do mundo. Se bondade e coerência fossem naturais o planeta viveria em ordem, sem conflitos, Trumps ou Putins. Como gosto das comparações, comparei coerência e bondade ao jiló e chicória, ambos de sabor acentuados no amargo. Sabe-se que jiló e chicória são saudáveis e necessários, mas, como tudo o que faz bem, não é de aceitação fácil e imediata. Precisa vontade forte, exercício e persistência. E mais uma vez, o que já concluí, faz tempo, se reforça. O crescimento e evolução exigem esforço, persistência e, até renúncia, bom senso e equilíbrio. Não vem de graça Mas, quem resiste a uma picanha mal passada ou um feijão preto com coisa dentro, ou um bobó de camarão com bastante dendê? O "pecado" ( no qual não creio) é muito mais saboroso.