Sociedade que não tem remédio

O médico fala em remédio de preferência e os mais desavisados acreditam que a pessoa não tem inteligência emocional. O uso de medicação controlada tem dessas coisas. A pessoa tem a opção de não fazer o uso ou verdadeiramente precisa do remédio pra conseguir encarar a realidade que o cerca. O mundo mudou de forma. As coisas mudaram de cores. A realidade esta aí. E os cidadãos fogem dela. Os loucos de todo gênero enxergam a realidade tal como ela é. Quase sempre necessitam de comprimidos pra suportarem o convívio numa sociedade deturpada. Têm níveis elevados de inteligência emocional, mas o jogo da vida não lhes favorece. A mistura de genética e meio ambiente os rotula. Recebem a pecha de 'loucos'. E, quando estabilizados pela medicação, revelam os mais variados dons, inclusive humorísticos. Fazem da vida um palco. Mas o sentimento é puro. Diferentemente da pessoa dissimulada. O louco prega a bíblia. Mas, com um prego. Enquanto a pessoa dissimulada prega a bíblia com a ganância, estultícia e maldade. O teatro é macabro. Finge de sã. Enquanto o louco não precisa fugir. Tem ciência de que o mundo é uma loucura. E a medicação... Ah, a medicação. É para uso da sociedade que não tem remédio.
Edras José
Enviado por Edras José em 22/06/2019
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