Crônica. A gente vai

Crônica

Todo dia a gente vai.

É comum aos que trabalham sair todas as manhãs ou tardes para o trabalho nos dias letivos. O dia todo com os colegas, com as atividades. Entre uma situação e outra, uma piada, um gracejo, risos e risadas, afinal é sempre bom misturar humor a vida.

Se tem por certo retornar ao lar e nesse vai e vem a vida vai sendo vivida.

A gente vai, também, à igreja nos dias de culto reatar a aliança espiritual. Afinal, ninguém é santo toda hora nem o tempo todo.

A gente vai também à Praia, piscinas, balneários, bares, cabarés, casas de shows, festas e outros entretenimentos corriqueiros do dia a dia de cada um.

A gente vai a, até mesmo, velórios de amigos, familiares, etc. .

Sempre voltamos de onde fomos e sempre nos encontramos com nosso íntimo familiar.

A vida passa, os anos voam e nessa siranda de ida e vinda, nesse respirar incessante da vida, pouco paramos para refletir na última dia. Aquela da qual nunca voltaremos.

A gente vai a última ida de qualquer forma ou jeito e não tem jeito de voltar.

Uma doença, um suicídio, uma barruada, uma parada cardíaca, uma queda, uma facada, uma bala perdida ou endereçada, são coisas, situações que podem selar a nossa última ida.

Aquela ida que vc não vai. De todas as idas que vc fez a última é a única que vc não vai. Te levam. Te levam e te colocam naquele lugar do qual nunca voltará.

Talvez seja por isso que você não volta. Porque, na prática, vc não foi.

Adeus, irmã Marleia!

CARLOS JAIME
Enviado por CARLOS JAIME em 30/06/2019
Reeditado em 30/06/2019
Código do texto: T6685168
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