Confesso que tenho dificuldades em lidar com elas, as perdas.
Perda é ausência. Ausência de alguém ou de algo que um dia, de alguma maneira, foi o sujeito, o predicado e o verbo das orações que davam sentido e significado à construção da história que a vida nos escrevia.
Perda é vazio, é silêncio, é saudade.
Perda é dor.
Perda é luto.
Não existe perda maior ou menor: existe perda, existe dor, existe luto.
Há que se ter um tempo para aguardar o tempo do vazio, do silêncio, da saudade, da dor, do luto...
Há que se ter um tempo para dizer adeus ao sujeito, ao predicado e ao verbo, sem contudo, tirar-lhes a importância na construção da história que precisa continuar sendo escrita.
E há que se ter um tempo, sobretudo, Àquele que vela pelas nossas perdas.
Às minhas perdas:
Meu pai
Meu cachorro
Facuri
James Assaf
Aragon
Denise
Jefferson
Amigos que pensava amigos
Show do Roupa Nova
Meu Monza 1985
Meu primo
Minha credibilidade na política brasileira.