Confesso que tenho dificuldades em lidar com elas, as perdas. 
Perda é ausência. Ausência de alguém ou de algo que um dia, de alguma maneira, foi o sujeito, o predicado e o verbo das orações que davam sentido e significado à construção da história que a vida nos escrevia.
Perda é vazio, é silêncio, é saudade.
Perda é dor.
Perda é luto.
Não existe perda maior ou menor: existe perda, existe dor, existe luto.
Há que se ter um tempo para aguardar o tempo do vazio, do silêncio, da saudade, da dor, do luto...
Há que se ter um tempo para dizer adeus ao sujeito, ao predicado e ao verbo, sem contudo, tirar-lhes a importância na construção da história que precisa continuar sendo escrita.
E há que se ter um tempo, sobretudo, Àquele que vela pelas nossas perdas.

 

Às minhas perdas:
Meu pai
Meu cachorro
Facuri
James Assaf
Aragon
Denise
Jefferson
Amigos que pensava amigos
Show do Roupa Nova
Meu Monza 1985
Meu primo
Minha credibilidade na política brasileira.

 
Suzana França
Enviado por Suzana França em 04/07/2019
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