NOITE DE TEMPESTADE

NOITE DE TEMPESTADE

SUELY BRAGA

Sexta-feria. Mes de julho. Noite de tempestade.

Lá fora, o vento urrava como um leão encurralado.

As cortinas dançavam como bailarinas no palco de um teatro.

Estava na cozinha arrumando a louça e a mesa, pois tinha terminado o lanche. De repente, a luz apagou e a escuridão me pegou desprevenida.

Esquecera a lanterna no quarto.

Fui tateando como uma cega, me agarrando

nas paredes até chegar na porta da sala.

Divisei, através de uma fresta da cortina um fio de uma pequena claridade.

Abri a cortina e observei que do outro lado da rua havia luz e as casas estavam iluminadas.

Somente a minha rua estava no escuro em direção ao centro da cidade.

Fiquei apavorada com a força do vento. As cabeleiras das arvores e as folhas das palmeiras sacudiam fortemente como se fossem ser arrancadas abruptamente.

Como um passe de mágica a luz acendeu e clareou a minha casa.

Fui até o quarto apanhar a lanterna.

O frio era enregelante. Sentei-me na frente do computador, o liguei, mas por surpresa minha estava sem internet. Não consegui verificar meus –e-mails. Tentei ligar a TV para ver um filme na NOT-FLEXI, mas também não consegui. O frio era tanto, que mesmo com o ar condicionado ligado, não conseguia me esquentar.

Então resolvi tomar meus remédios e ir para o quarto, ligar o ar condicionado, o lençol térmico, me aconchegar em baixo das cobertas e pegar um livro para ler.

Li até tarde, esperando o sono chegar.

Osório, 05 de julho de 2019.

suely Braga
Enviado por suely Braga em 07/07/2019
Código do texto: T6690670
Classificação de conteúdo: seguro