De um Bom Dinossauro

Finalmente consegui assistir ao filme “O bom dinossauro”...

Às vezes a raiva nos faz tomar atitudes estúpidas. Atitudes que são capazes de mudar todo o rumo de nossa história. O que nós achávamos que iria ser pra sempre, acaba num piscar de olhos. Sim! Perdemos pessoas que jamais pensaríamos que fôssemos perder. Talvez seja destino. Talvez! O fato é que somos obrigados a seguir outros caminhos. Caminhos que não escolhemos. O jeito é seguir mesmo estando com medo.

Daí a vida começa a nos apresentar pessoas que, de alguma forma, farão parte da nossa vida. E aparecem amigos que nem imaginávamos conhecer. Pessoas que “culpamos” por nossa situação. Mas o tempo nos mostra que talvez elas estivessem tão perdidas quanto nós. E conforme caminhamos, pessoas vão surgindo. Tem gente que aparece só por interesse. Tem amigo que surge para tentar te ensinar a não ser trouxa. Tem aquele que aquece seu coração com um sorriso. Tem aquele que só te faz passar vergonha. Sempre tem um que briga por ti. Tem amigo que não sabe dizer “eu te amo”. Tem também aquele que suga as qualidades dos outros para se proteger da vida.

Por alguma razão, só o que é bom permanece e assim vamos criando laços, entendendo que, muitas vezes, a única opção é confiar um no outro. A vida segue... Um protegendo o outro.

Muitas vezes nos deparamos com situações que nos surpreendem por acharmos que aquela pessoa que acreditavámos que iria ajudar, foi a primeira a mentir para você. E outras vezes, ficamos surpresos porque aquela pessoa que parecia estar pronta a te derrubar foi a primeira a te dar a mão. E aí percebemos que não temos garantias de nada. Percebemos que nossos conceitos sobre “verdades” não são vitalícios. As coisas duram pelo tempo que precisam durar, inclusive alguns de nossos conceitos “intocáveis”. É! A vida tem dessas coisas também...

Depois de tudo, acabamos entendendo que medo não é sinônimo de fraqueza. Que todo aquele medo só te fortaleceu e te fez uma pessoa melhor. E, as pessoas falam tanto em virtude, que hoje percebo que virtude é algo que se alcança quando precisamos agir em determinado momento. Fazendo o que julgávamos certo. Entenda que certo não é o mesmo que fácil e que isso pode ser difícil e doloroso. E percebemos que nossa essência é exatamente o que deveria ser. Somos o que somos. Somos reais.

No fim de algumas contas, aprendemos que cada um contribui com o que pode e com o que tem a oferecer. Cabe a nós usar o “filtro” da forma que acharmos melhor. Claro que muitas vezes o filtro falha. Não temos garantias de nada, lembra? Mas mesmo que seja assim, temos que continuar em algum caminho, mesmo que algumas pessoas tenham ficado pra trás. Porque também tem esse detalhe: algumas pessoas vão entrar em nossas vidas e nos transformarão no melhor que podemos ser ou nos mostrar que já somos o que precisamos. Acontece que muitas vezes elas não podem ficar e aí aprendemos a entender a importância de um sorriso diante da dor e que não podemos ser egoístas. Talvez você tenha razão em pensar que eu não faço ideia do que estou falando, mas lembre-se de que este sorriso nos permite entender que é preciso partir, mesmo querendo ficar! É aquele sorriso que surge quando você fecha os olhos. Que sai da alma! Você vai lembrar. Tenho certeza!