Batendo palmas para as muriçocas

Tenho uma amiga que se apavora até com uma lagartixa de plástico. Porém asquerosa mesmo é a tal da barata, mesmo não sendo peçonhenta. Isso sem falar do sorrateiro roedor do nosso queijo. De qualquer forma, todos guardam uma espécie de política entre si. Agem por época ou safra. De maneira que, quando o rato some, é a vez do escorpião; depois dos escorpiões, vêm as levas de baratas. E, assim, de modo não nos dar trégua nem nos nossos lares.

Se fossemos eleger o mais asqueroso, acredito que a senhora barata ganharia disparado. Já quanto à peçonha, aí a disputa seria renhida. Ficaria, neste caso, difícil prever qual subiria a rampa para receber a faixa.

Quanto a tal tipo de eleição, até que estou tranquilo – por não votar mais. Hoje posso até me dar luxo de arriscar bater algumas palmas... Para as muriçocas, é claro... Mesmo assim, só quando o tempo começa a escurecer.

Edmilson N Soares
Enviado por Edmilson N Soares em 27/07/2019
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