ASSINADO: POETA

Foram trazidos dois questionamentos importantes sobre a vida: O que somos? E de onde viemos? Foram trazidas respostas, ideias, conjuntos, alicerces, religiões... E depois de tudo, nasceu cada um de nós aqui presentes, escrevendo e lendo esta crônica. Certa vez me perguntaram o que eu queria ser quando crescer, e eu naturalmente respondi à qual profissão desejava seguir. E mudei várias vezes de desejo, várias vezes de planejamento. Certo dia também me disseram que eu era muito inteligente e capaz de alcançar meus sonhos. Eu acreditava, me caía como uma luva todos aqueles elogios benéficos.

Certa vez desacritei e caí diante da mentira. Mas hoje não é um dia para falar de mim e da minha jornada deveras interessante, ironicamente falando. Hoje é o dia de mencionar por escrito os desejos de Beatriz Santos, de Cláudia Regina, de Cleide Santos, de Aline Grazielle, de Janinny Cearelly, de Jordânia Beatriz, de Jéssica Caroline, de Viviane Resende, de Alisson Santos, de Alexia Melissa, de Fernanda Caroline, de Fernanda Victória, de Almir Robério, de Amanda Gomes, de Marco Antonio Caldas, de Eline Silva Santos Caldas, de Jacira Silva Santos, de Carlos André Correia Santos, de Carlos Alexandre Evangelista Santos, de Elizabeth Evangelista Santos, de Maria da Puresa Rodrigues, de Diógenes Santos Horta, de José Augusto Caldas, de Silvana, de Eliana Rosa Bastos e de todos os outros que peço desculpas adiantadas por não ter citado. Certa vez os conheci, certa vez ouvi suas respostas aos questionamentos da vida. Certa vez levei cada pedaço comigo. Certa vez assinei em baixo de cada linha de pensamento que me propuseram a acreditar.

Enfim, voltando ao conteúdo original, o que se faz da vida além de estar confinado num quarto, confinado num estabelecimento de ensino, confinado no imaginário popular e religioso, confinado nas mudanças climáticas, nas mudanças repentinas de humor e de trajetória. O que se faz da vida além das pessoas que nos dão o caminho das pedras. O que se faz da vida quando todas estas pessoas se forem um dia. O que se faz é pouco e o que se acredita é muito. Não, não se trata de complemento, de união. Se trata de emotividade. Certa vez todos estes estiveram aqui, alguns permaneceram e outros se foram. Não é a vida de idas e voltas, nem de escaladas à toa, é a vida da emotividade. É a tração constante do quero e não quero mais. Uns mais quero e outros não quero mais. Podem decidir o futuro, esperar o melhor, o pior. Cada indivíduo pensa assim, mas não se pode pensar assim. Precisamos de comida, de casa e da família e amigos. Estamos sujeitos às regras e aos potenciais crimes e revoltas contra nós. Estamos sujeitos a tudo, senão a nada que nos impeça de nos manter emotivos. Assino em baixo.