O Lombo Nosso de Cada Dia.

Nada melhor que um pesadelo macabro após uma alimentação pesada, e se possível bem bêbado, e depois acordar e perceber que tudo não passava de um pesadelo!

O dia se transforma quando se passa por pesadelos noturnos, soturnos e suarentos! Ao contrário da vida de um moribundo, que ao acordar se depara com uma morte iminente, no caso de um doente terminal já sem expectativa alguma, onde o amargor é incomensurável, os pesadelos da vida real, quando se tem saúde, são até interessantes. Não devemos fugir deles. Quando se acorda e se vê bem e que tudo não passou de um sonho ruim, vê-se a vida com outros olhos. Sofrer intensamente algo irreal, ou de uma realidade cognitiva, faz o cidadão mudar alguns conceitos cortados no açougue do Pedro Bento e Zé da Estrada. Uma acossada da dona Morte em nosso pescoço nos faz arrepiar até a espinha da alma, por isso o cabra tem que ser muito trouxa ou por demais afoito para arriscar o lombo em qualquer empreitada.

Aprecie, analise e aprenda com o comportamento de alguns animais irracionais, como, por exemplo, os felinos, o gato mais especificamente, sua agilidade e instinto são louváveis. Isso, juntamente com a pequena e delicada flor que fura o asfalto com o poema de Drummond, me faz acreditar em Deus!

Nunca fui um homem ímpio. Em todos os momentos de minhas vivências, mesmo as mais felizes ou tristes, confiei na presença de uma Força Suprema que controla o “relógio do Universo”. Acredito que o bem que o ser humano possa proporcionar ao seu próximo, a um animal, a uma planta, ao Planeta ou mesmo ao seu quintal, faz sua diferença na existência.

Acredito no bem! Acredito na força do bem!

Acredito nos seres humanos, em sua essência positiva. Logicamente muitas vezes consumidos por suas dores e cansaços particulares, se perdem a cometer atrocidades históricas. São delírios de épocas, e estão aí desde o princípio. Quem sabe ainda não alcançamos o patamar de conseguir extirpar de vez as guerras e a fome do Planeta.

Quem sabe um dia a ganância deixe de imperar na mente humana e dê vez ao “humanismo”.

Quem sabe?

Ou talvez eu seja apenas um idiota lançando uma garrafa vazia em um oceano de imundícies.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 31/07/2019
Código do texto: T6709108
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