MAIS QUE ROBÔ

Plena madrugada de uma sexta-feira e alguém está acordado, após ter ido ao banheiro, devido à sua bexiga em êxtase urinário. Sabe quando o sistema operacional do seu computador acha uma forma de organizar seus arquivos, de maneira que o disco rígido não fique corrompido? A madrugada é bem assim. Perdoem-me, profissionais, técnicos, bacharelados e engenheiros da área de informática e computação, quem vos escreve não é nenhum especialista. Quem vos escreve é um robô. Sim, uma máquina. E daquelas novas que vêm com duvidoso defeito de fabricação, isto porque se sabe que a própria se corrompeu por si mesma.

De fato a madrugada é a vez dos irritadinhos, dos que querem alívio dos gritos, das guerras, das discussões familiares, das manifestações incessantes dos insensatos sensacionalistas. E se pode dizer mais que o timbre do apito do vigia noturno traz a sensação de não-solidão. E um mergulho no fundo da saudade.

Sim, robô, mais que robô, e sim quem de si próprio roubou a tecnologia necessária para programar mais que a vida alheia, mas todos os timbres possíveis de apitos de vigias noturnos, todos os discos rígidos de um terabyte de memória nas máquinas recheadas de arquivos temporários. A madrugada é amiga e dela se pode ser amigo também, sem interesse do beijo da lua, nem do abraço da escuridão. Somente a madrugada e o robô, uma iniciativa de programação.