Um toque de Schopenhauer

Ainda é válido sustentar uma pose de confiança ou fomos jogados de escanteio e o que compensa mesmo é seguir de forma cega um caminho medíocre?

Cada dia tem sido mais complicado viver em uma sociedade que fecha os olhos para o que é importante e que só se importa com a busca pela felicidade. O prazer pessoal em detrimento de um bem comum é regra e mesmo quem prega um modo de vida diferente normalmente faz isso apenas pelo marketing e autopromoção envolvidos.

E são tantas questões miúdas que quando surgem coisas boas tudo acaba sendo tragado pela lente da indiferença. Quando abro a boca, para expor algo, vejo nos olhares opacos o mesmo descaso que eu dou à todas as questões que não me interessam, sinto na carne que estou me fundindo ao que antes eu tentava combater. Sinto que no fundo ninguém se importa, além de manter o espírito combativo, criticar de maneira irrestrita e gastar saliva enumerando todas futilidades de nosso mundo moderno.

A felicidade barata tem sido vendida por um preço cada vez mais caro.

Escapar é uma alternativa e opções tanto lícitas quanto ilícitas existem aos montes.

Provavelmente não existe respostas ou saídas para que se possa construir coisas boas, nesse mundo que cada dia mais rapidamente vem se deteriorando (por nossa culpa, aliás). Quero um copo d´água, um dia de Sol, e deixar os combates para quem tem mais energia.