A velhice e as injustiças do sistema social

A vida difícil dos brasileiros não acontecem quando se está começando e sim no final.

Temos o egoísmo de pensar que a as dificuldades pelas quais o cidadão passa está nas escolhas durante os estudos, em como pagá-los, nas empresas que você tem que galgar os degraus de uma enorme e concorrida escada para chegar ao topo.

Tudo mera ilusão!

Enquanto você se distrai com preocupações profissionais por longo e precioso tempo de sua vida, você acha que não vai envelhecer, período no qual suas necessidades, e como supri-las, fazem com que sua velhice seja permeada de sustos.

Então, você precisa ter um plano de saúde, ter uma previdência complementar, etc... e com isso, muitos caem nas lábias dos grandes conglomerados financeiros, na vã expectativa de que possam atende-lo no futuro.

Um conhecido meu, fez uma previdência num bancão brasileiro. Com o tempo constatou que que a cada ano que passava a contribuição mensal diminuía, assim como diminuía o benefício futuro. Ambos convergiam para valores irrisórios.

Ele precisou ir à uma assembleia do banco, ameaçando por a boca no trombone, espinafração esta que fez constar da Ata da Assembléia, tudo isso para receber o dinheiro dele de volta, com juros e correção monetária.

É gente, tem muita armadilha por aí, tipo esses famosos títulos de capitalização que um monte de gaiatos compram e que nada mais são que “bilhetes de loteria” disfarçados. Remuneram muito menos que qualquer Caderneta de Poupança, que é outra aberração que o brasileiro tem.

Nada disso impede que você faça um bom plano, apenas será necessário a ajuda de quem realmente entenda (desde que não seja o gerente do banco onde você é correntista), gente que conhece o tema à fundo, de forma a que você invista corretamente.

Só um detalhe importante: os cálculos que você está fazendo para as suas necessidades futuras estão errados. Essa excrescência tem nome... O nome disso é PLANO DE SAÚDE.

Com a conivência das Agências Reguladoras, eles praticam aumentos absurdos com a intensão de expelir os velhinhos. E agora, o ministro Paulo Guedes insinua, na reforma tributária, retirar os gastos com a sua saúde, inclusive as das mensalidades dos planos, dos abatimentos na declaração anual de ajustes do Imposto de Renda.

Nunca poupar foi tão importante. Claro, você vai viver mais, ganhar uma aposentadoria menor, terá de se sustentar amanhã com o que você economiza e aplica hoje.

Fazer poupança (e não estou falando aqui das famigeradas cadernetas), é mais importante do que se vacinar em um posto de saúde. Invertendo a ordem do raciocínio, se não poupa, não vacine! Assim, quem sabe, uma pneumonia ou uma doença tropical, leve você antes que seus problemas se inicie...

MARCO ANTONIO PEREIRA
Enviado por MARCO ANTONIO PEREIRA em 12/08/2019
Código do texto: T6718531
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