FUGAS

Às voltas com as panelas, no preparo da refeição, os versos surgem e vão se encaixando num belo poema, que, por certo, escreverei. Fico agitada. Não posso perdê-los. Por experiência, sei que os danados costumam fugir.

Desligo o fogo.

Certifico-me de que os queimadores estão apagados e corro, literalmente, ao computador, ligado.

Algo, na telinha, prende minha atenção.

O tempo passa.

Quando volto à cozinha, lembro-me de que havia versos a serem escritos.

Porém...

MADAGLOR DE OLIVEIRA
Enviado por MADAGLOR DE OLIVEIRA em 25/08/2019
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