e ofereço em tudo a minha melhor versão

Essa coisa de despedida é mesmo estranha. No fundo a gente camufla uma ou outra saudade tentando convencer a alma que vai ficar tudo bem e os dias difíceis hão de passar. Eu ando repetindo para a minha que ela não tem culpa e que em algum lugar desse mundo alguém vai amar meu coração exagerado.

Tenho notado também que esse sentimento de impotência dói. Tanto quanto a rejeição. Ter que engolir as coisas das quais não se concorda, faz minha cabeça doer. E têm-se. Como se não bastasse todo o acefato. Tem coisas que funcionam só na teoria, e por esse motivo que ainda estou sentada aqui, sendo controlada pela minha digital.

Eu sei que tenho lá uma dificuldade em aceitar as críticas e é ruim não ter razão. Meu lado orgulhoso vive um haraquiri por dia. E eu me sinto tão exausta. Cansada de ser eu e sentir tudo como um mundo inteiro. A comparação é uma lástima. Mas ao mesmo tempo – porque há um certo charme nas contradições – eu reconheço, e ofereço em tudo a minha melhor versão.

Ainda bem que existe amigo. Abraços. E flor azul. Sentir em alguém que te importa, a vontade de te ter por perto (mesmo com toda a bagunça) é tão gratificante quanto cheiro de café, pés no mar e pôr do sol na varanda. A atenção é um detalhe lindo.

É tão difícil assim amar alguém que fica?

#TextoDeQuinta

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 29/08/2019
Reeditado em 29/08/2019
Código do texto: T6732135
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