DOS CONSELHOS QUE NUNCA ME DERAM E TIVE QUE APRENDER COM A VIDA

Perdoem-me os mais cultos pelo coloquialismo, pondero minhas colocações e aprendizados por assim dizer com uma exortação a la Bíquini Cavadão (entendedores, entenderão).

Nunca me disseram que ser mulher, nascendo no século XVII, XVIII, XIX, XX e até mesmo no XVI é complicado demaaais : conviver com a misoginia, o machismo doentio de muitos homens que a cada ligar da tv encontro um caso novo de feminícidio ou alguma besteira proferida pelo quadro atual de líderes do país ( mas, isso é assunto para outra crônica). Ou mulheres que acreditam estar em um “ conto de fadas”, quando na verdade estão presas nos mais terríveis dos pesadelos. É doloroso demais;

Nunca me disseram que eu deveria aproveitar mais meus bons momentos de brincadeiras até tarde, mas que bom que eu aproveitei, brinquei de tudo um pouco: piques de todos os tipo: esconde, “pira pega”, pira garrafão, bandeirinha, queimada, tive até um clubinho ( de dois andares e ao lado de frondosas árvores do quintal de uma vozinha muito simpática), em que aliás nunca me disseram que deveria ter aproveitado todos os idosos que por mim passaram e deixaram um caminho de saudades e aprendizado, em especial a essa senhorazinha simpática com cheirinho de arroz doce de cabelos curtos de cor cinza, pele marcada pelo tempo, costureira, cozinheira , conselheira, amiga, vó. E que vózona eu tive!

Nunca me disseram que ser adolescente embora seja a época das melhores lembranças ( primeiro flerte, primeiro olhar, beijo, etc.) nós, sim, nós somos tão ( com perdão da palavra) BABACAS, tudo por causa da maldita prepotência, arrogância juvenil que acompanha o surgimento dos pelos, hormônios e espinhas desta fase;

Nunca me disseram que embora fiquem as boas lembranças da adolescência lá também estão os fatos, os calos que a vida teve que me ensinar ou pelo menos me proporcionou para que eu evite me enveredar por tais caminhos. E o que dizer do primeiro fora, a primeira mágoa, a traição que machucou que a gente ( ingenuamente) promete não se permitir até que surja uma nova e avassaladora paixão;

Nunca me disseram que quando a gente é adulto a gente faz tanta escolha errada, mas tanta que a gente insiste, teima em achar que estar certo, por mais que a gente se acredite que acertou e isso vale para todos os sentidos que o nobre leitor achar conveniente: escolha profissional, amorosa, eleitoral, até mesmo quando a ideia de morar sozinho inicialmente parecia uma boa opção, etc;

Em meio a tantos “ Nunca me disseram que...” finalizo esta crônica dizendo: NÃO ESPERE QUE TE DIGAM, PORTANTO OUSE, ACREDITE, USUFRUA, APROVEITE, ABRACE, BEIJE, SE MACHUQUE, CHORE, MAS PRINCIPALMENTE CONFIE EM VOCÊ, afinal a vida é só uma E VOCÊ TEM TODO DIREITO DE ERRAR PARA CONTINUAR APRENDENDO. Li uma vez que “Viver é um aprendizado constante” e de fato é. Por isso, desejo a você uma vida cheia de erros e acertos lindos para que tenha histórias para contar e aprender com cada uma delas.

Izabela Cristian
Enviado por Izabela Cristian em 02/09/2019
Reeditado em 02/09/2019
Código do texto: T6735769
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